Semas realiza workshop sobre regularização ambiental voltada para o fortalecimento das cooperativas do estado

27/10/2024 14h26 | Atualizado em 28/10/2024 12h39 Por ASCOM

Semas realiza workshop sobre regularização ambiental voltada para o fortalecimento das cooperativas do estado

A integração das agendas de bioeconomia com a regularidade ambiental foi o tema abordado no workshop promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), em parceria com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB/PA). O objetivo do evento consistiu no debate das estratégias institucionais para apoio às redes de cooperativas e na construção de uma agenda conjunta de aplicação dos instrumentos de regularidade ambiental para o fortalecimento do Programa da Sociobioeconomia Cooperativista do Pará (Biocoop).

O secretário adjunto da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, destacou a importância da regularidade ambiental para o acesso a benefícios, como crédito rural, para o cooperativismo. “Sabemos que o cooperativismo, para acessar o crédito rural, precisa da regularidade ambiental. A gente precisa fazer essa integração para agregar as ações das Semas, com os mutirões, por exemplo, de regularidade ambiental, voltadas especificamente para o cooperativismo”, disse o secretário.

Foto: Kelly Souza – Ascom/Semas

Ainda de acordo com Rodolpho Zahluth Bastos, o workshop foi de extrema importância para poder construir alguns eixos determinantes para que a regularização ambiental consiga atingir de forma eficaz as cooperativas da bioeconomia no estado. A regularização ambiental amplia a garantia de sustentabilidade das cadeias de bioeconomia. Possibilita maior credibilidade, segurança jurídica no acesso a mercados. Impulsiona inovação e atratividade de investimentos com incentivo a novos negócios e cadeias produtivas sustentáveis.

“A ideia é que a gente possa construir mecanismos de cooperação a partir de hoje. Esse é o primeiro eixo do diálogo que estamos realizando aqui em conjunto com a OCB/PA. O segundo eixo é a necessidade normativa que a sociobioeconomia precisa. Hoje temos esta oportunidade de melhor compreender as necessidades do cooperativismo para poder integrar com as agendas de ordenamento territorial, que também são basilares ao uso sustentável dos recursos naturais. O terceiro eixo é a concretização dos arranjos de gestão e integração de possíveis financiadores das inovações e cadeias da sociobiodiversidade, diálogo que estamos realizando com as empresas no âmbito das estratégias ESG, na construção da rede de investimentos para o cooperativismo e geração de novas oportunidades econômicas para setores da bioeconomia no Pará”, explica o secretário adjunto da Semas

Foto: Kelly Souza – Ascom/Semas

O ESG – Environmental, Social, and Governance – (Ambiental, Social e Governança, em português) refere-se a um conjunto de critérios de sustentabilidade e o impacto social de uma organização que avaliam o compromisso com práticas sustentáveis e responsáveis dentro das empresas e no relacionamento externo que os empreendimentos desenvolvem com as comunidades.

Cooperativismo – A analista de monitoramento e cooperativismo do Sistema OCB Pará, Paola Correia, reforçou a importância da parceria entre o sistema OCB e o Programa Regulariza Pará, principalmente envolvendo a temática das cooperativas de bioeconomia com a regularização ambiental devidamente alinhadas. Na prática, percebe a necessidade que os fornecedores de cada cooperativa têm de inscrever e validar o Cadastro Ambiental rural (CAR) e regularizar o licenciamento.

“Essa parceria vem muito ao encontro do que estamos fazendo no nosso programa Bioocop, que trabalha com as cooperativas da sociobioeconomia, e nas nossas diretrizes, visualizamos a regularização ambiental e fundiária. Nesse sentido, temos já o levantamento de CAR, mostrando a situação atual das cooperativas. Hoje temos um quantitativo de 10 cooperativas mapeadas, mas dentro do programa existe um total de 40 cooperativas que trabalham especificamente com a agricultura familiar da sociobioeconomia. Então essa parceria vai fortalecer as cooperativas no sentido de acesso a crédito e também adesão de políticas públicas, que hoje precisa de todas as documentações regularizadas”, pontuou Paola.

Por fim, o secretário adjunto da Semas reforçou a importância de conhecer a cultura das cooperativas atuantes no Pará. “As experiências compartilhadas e ações elencadas pelas equipes Semas e OCB/PA comporão plano de trabalho do acordo de cooperação. Com isso, teremos a oportunidade de redesenhar essa estratégia de atendimento à regularização de uma forma mais específica e centralizada, fortalecendo o cooperativismo. Então, a ideia é que também a gente valorizar a cultura de cooperação técnica e rede de parcerias na construção de ações práticas e com um olhar de resultado efetivo”, concluiu Rodolpho Zahluth Bastos.

Texto: Lucas Quirino – Ascom Semas

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