Semas acompanha simulações de manobras da dragagem do porto de Belém para a COP 30

As obras de infraestrutura prometem atender as necessidades do evento e consolidar a cidade como um importante destino turístico

20/06/2024 17h00 | Atualizado em 21/06/2024 11h15 Por ASCOM

Semas acompanha simulações de manobras da dragagem do porto de Belém para a COP 30

Em preparação para a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) participou, na última semana, de uma simulação de dragagem de um trecho da Baía do Guajará, especificamente no porto da Companhia Docas do Pará (CDP). O objetivo é adequar a profundidade do local para a atracação de navios transatlânticos e de cruzeiro para atender a demanda de desembarque daqueles que virão acompanhar a COP 30.

Para garantir a segurança e a eficiência deste processo, a equipe de Licenciamento Ambiental da Semas visitou o Laboratório de Tanque de Provas Numéricas da Universidade de São Paulo (USP) para acompanhar as simulações de manobras dentro do canal de acesso na situação pós-dragagem.

“Entre as obras de infraestrutura da COP 30, temos a dragagem do porto da Companhia Docas do Pará, que está em análise na secretaria. Essa obra possibilitará a chegada de embarcações de grande porte, como navios de cruzeiro, que trarão parte do público participante. O andamento e execução de todas as obras e projetos são reportadas ao Comitê Estadual da COP 30, coordenado por nossa vice-governadora”, explica Rodolpho Zahluth, secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental.

O projeto prevê a dragagem de um volume de aproximadamente 6,5 milhões de m³. “Para melhor qualificar o entendimento dos processos de manobra de embarcações e da hidrodinâmica na área dragada, solicitamos a participação da nossa equipe no simulado de manobra navios de cruzeiro, o que trouxe um ganho de conhecimento para a análise do processo de licenciamento ambiental”, comenta Marcelo Moreno, diretor de Licenciamento Ambiental.

Durante as simulações, que incluíram 15 manobras de três tipos de navios de cruzeiro no polígono de fundeio e manobras no porto de Belém, verificou-se a segurança das operações, considerando um calado máximo de 8,6 metros. As variáveis das simulações contemplaram diferentes condições de velocidade da corrente e do vento, alinhadas com a climatologia da região.

A iniciativa contou com a participação de diversas entidades além da Semas, incluindo a Secretaria Extraordinária para a COP 30, a Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Controladoria-Geral da União (CGU), a CDP, a Marinha do Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Praticagem da Barra.

“A participação da Semas nas simulações foi fundamental para a compreensão da relação entre a navegação e a delimitação do canal de acesso ao porto da CDP, o que realmente justifica a necessidade da dragagem, e também este conhecimento adicional traz robustez para o processo de licenciamento”, destacou Maria Eduarda Almeida, técnica em Gestão de Meio Ambiente da Semas.

Texto: Mário Gouveia – Ascom/Semas

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