Semas apresenta o projeto do Centro de Inovação em Bioeconomia que promete impulsionar os bionegócios no Estado

Espaço que está sendo instalado nos galpões 5 e 6 do Porto Futuro 2 vai dar suporte aos bionegócios da Amazônia

12/06/2024 21h17 | Atualizado em 13/06/2024 14h27 Por ASCOM

Semas apresenta o projeto do Centro de Inovação em Bioeconomia que promete impulsionar os bionegócios no Estado

O Centro de Inovação que irá dar apoio a novos bionegócios, desde a concepção e desenvolvimento de produtos, até ao acesso a fundos de investimento e ao mercado. Tudo isso com o suporte de uma infraestrutura que integra pesquisa, desenvolvimento e gestão de negócios locais e comunitários. O planejamento para a implementação e funcionamento do Centro de Inovação em Bioeconomia da Amazônia foi apresentado nesta terça-feira (11), em um encontro no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) entre representantes das instituições do estado que serão responsáveis pela implementação de 26 das 92 ações do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), que serão desenvolvidas no local.

“O Centro de Inovação em Bioeconomia é uma iniciativa vital para transformar Belém e outras regiões do Pará em polos de produção e inovação em bioeconomia”, afirma o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida. “O Centro, que será instalado no Porto Futuro 2, visa não só revitalizar seu entorno, mas também se tornar o mais importante complexo de inovação em bioeconomia florestal do país, atraindo indústrias, investimentos e fortalecendo os negócios comunitários na região”, destaca o secretário.

O Centro de Inovação em Bioeconomia da Amazônia faz parte de um dos projetos estruturantes do Plano Estadual de Bioeconomia, o Parque de Inovação e Bioeconomia da Amazônia, e irá funcionar nos Galpões  5 e 6 do Porto Futuro 2, às margens do rio Guamá, na avenida Marechal Hermes.

“O Parque de Bioeconomia é uma proposta de valor, um programa para criar oportunidades de infraestrutura e capacidades tecnológicas que beneficiem a atração e integração de novos negócios inovadores, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da bioeconomia”, completa o titular da Semas.

O Centro de Inovação em Bioeconomia foi concebido para ser um polo de dinamização da bioeconomia na região, integrando pesquisa, desenvolvimento e apoio a negócios locais. O Galpão 5 é dedicado ao suporte de negócios comunitários e startups, oferecendo um ambiente de coworking, programas de incubação e aceleração, além de serviços de desburocratização para facilitar o crescimento de novos empreendimentos.

Paulo Reis, cofundador da empresa Manioca, um dos bionegócios que já recebem apoio do PlanBio, ressalta a importância do suporte tecnológico e comercial aos novos empreendimentos. “Por mais que a gente cresça e viva cercado de diversidade, muitas vezes a gente demora a entender como isso pode ser oportunidade de negócios e emprego de renda. Por isso, o Centro será um espaço fundamental para que Belém e para os empreendedores que vivem na capital e em outras regiões do Pará se enxerguem como um lugar de produção e inovação em bioeconomia”, diz o empresário.

No Galpão 6, o foco está na criação e aprimoramento de produtos. Este espaço oferece um laboratório-fábrica onde as empresas podem experimentar e desenvolver diferentes aspectos dos seus produtos, incluindo embalagens, identidade visual e propriedades organolépticas. As empresas poderão realizar testes e ajustes necessários antes de lançar seus produtos no mercado.

“Para quem já percebeu essa oportunidade, poderá ter onde buscar apoio, buscar tecnologia, inovação, serviços que deem suporte para empreendedores, negócios, que querem usar a bioeconomia como sua principal oportunidade de negócio. Então, são espaços fundamentais para a Manioca e para os meus colegas e empreendedores de outros bionegócios”, garante Paulo Reis.

A reunião teve como objetivo principal discutir este novo espaço, afirma a coordenadora de Bioeconomia da Semas, Jéssica Brilhante. “Este centro é a primeira etapa do projeto. Esses órgãos e autarquias que estão representados aqui irão fazer a execução dessas ações, este é o espaço em que elas vão ser promovidas, onde vai ter o fluxo de funcionamento do centro de inovação, diz a coordenadora.

“Apresentamos o que está previsto para o Centro, o Galpão 5, voltado para negócios comunitários, start-ups, e o Galpão 6, voltado para produtos, processo de produção, para o desenvolvimento e para a melhoria dos produtos”, completa Jéssica Brilhante.

“Para promover inovação em bioeconomia, é fundamental que essa inovação também seja acessível por negócios comunitários, que estão dentro da floresta, as cooperativas, as associações de produtores. Então, esse centro tem também esse olhar, esse viés de aproximar o ambiente das startups com o ambiente dos negócios comunitários e promover cocriação de soluções, por exemplo, para problemas que a comunidade tem, ou para desenvolver demandas, diversificar demandas de produtos que a comunidade possa oferecer e não ficar apenas em algumas poucas cadeias”, afirma o biólogo Marcos Da-Ré, diretor do Centro de Economia Verde da Fundação Certi, que apoia a Semas no desenvolvimento do Centro.

“A ideia de um centro de inovação é aproximar todos os atores de um ecossistema de inovação, ou seja, as startups e ambientes que dão apoio para as startups, como as incubadoras, as aceleradoras. Também visa a aproximação com o ambiente acadêmico, os laboratórios de desenvolvimento de pesquisa, que podem virar novos produtos, novas soluções, que estão nas universidades. Além disto, promove a aproximação com o mercado, com a indústria que pode ser cliente desses novos produtos, e facilita o acesso a fundos de investimento e ao capital apropriado para negócios que estão nascendo, como o capital de fomento”, complementa Marcos Da-Ré.

Entre os programas que serão desenvolvidos no Centro, “Indução à Pesquisa Aplicada” é uma iniciativa estratégica que visa conectar talentos universitários, arranjos de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), startups e negócios comunitários para impulsionar a inovação tecnológica na bioeconomia. É direcionado a três vertentes principais, estimular talentos universitários para dar suporte a pesquisas em produtos ou processos com potencial de mercado, evoluindo da teoria para a prática inovadora; atender demandas tecnológicas para responder às necessidades originadas pelas startups e negócios comunitários, fornecendo soluções práticas para desafios reais do setor; além do Laboratório-Fábrica, que visa identificar e ultrapassar obstáculos técnicos ou tecnológicos para garantir a continuidade e o sucesso das inovações.

O mecanismo de fomento é iniciado por um edital de seleção de projetos, que direciona recursos e apoio para dois arranjos principais, um focado em negócios comunitários e ICTs, promovendo a colaboração entre a comunidade científica e o setor produtivo local. E outro voltado para startups/spinoffs e ICTs, proporcionando um ambiente propício para o nascimento e crescimento de novas empresas inovadoras.

“Esses arranjos são fundamentais para a indução de pesquisa aplicada e representam um passo significativo na consolidação de uma bioeconomia sustentável e tecnologicamente avançada”, explica Jéssica Brilhante.

Texto: Antônio Darwich – Ascom Semas

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