Situada no nordeste paraense, a Bacia abrange 12 municípios. O novo Comitê é responsável pela gestão dos recursos hídricos no biênio 2024/2026.
10/05/2024 00h14 | Atualizado em 10/05/2024 14h38 Por ASCOM
Órgão gestor da Política Estadual de Recursos Hídricos, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) participou da posse dos novos membros do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim (CBHRM), eleitos em março passado para o biênio 2024/2026. A Bacia abrange 12 municípios: Castanhal, Curuçá, Igarapé-Açu, Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, Santa Izabel do Pará, Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas, São Francisco do Pará, Terra Alta e Vigia de Nazaré.
Tomaram posse, em cerimônia realizada no Instituto Federal do Pará (IFPA), em Castanhal, o presidente Edivaldo Raiol; o vice, Enildo Charles, e Amanda Cristina de Andrade, como secretária-executiva, além de 30 representantes dos segmentos Sociedade Civil, Setor Usuário e Poder Público. O pleito foi organizado pela comissão eleitoral do Comitê, a partir de processo de habilitação ministrado pela Semas, por intermédio da Diretoria de Recursos Hídricos. Os setores de Usuários e da Sociedade Civil elegeram 12 representantes, cada um, e o Poder Público escolheu seis representantes.
Ao comentar sobre os desafios que serão enfrentados no segundo mandato do Comitê, Edivaldo Raiol ressaltou a importância da unificação e do planejamento estratégico para a gestão eficaz dos recursos hídricos e o desenvolvimento sustentável da região.
“Com o início de um novo mandato, o Comitê de Bacia enfrentará desafios renovados. Já temos um trabalho iniciado e um amadurecimento alcançado. Acredito que, agora, com um direcionamento mais claro, o maior desafio será unificar o Comitê para a elaboração do plano de bacia. Esse plano será nossa bússola, indicando nossos desejos e objetivos: o rio que temos atualmente, o rio que queremos para o futuro e o rio que podemos alcançar. Tudo isso será fundamentado em um plano de desenvolvimento sustentável para a região do Marapanim”, explicou Edivaldo Raiol.
“O Comitê vai encarar a abordagem de novos temas emergentes, como as mudanças climáticas, a conservação de florestas, solos e água, e a compreensão da sinergia entre eles. Quando se gerencia a água, não se está apenas gerenciando esse recurso isoladamente, mas todos os recursos de um ecossistema que operam em conjunto. O Comitê deve se apropriar dessas informações e trabalhar a gestão de forma conjunta, integrando água, florestas, clima e solo”, afirmou Brenda Cirilo, técnica em Gestão Ambiental e coordenadora em exercício de Planejamento em Recursos Hídricos da Semas.
Gestão descentralizada – Ela também destacou o caráter territorial da gestão da entidade. “A importância do Comitê da Bacia do Rio Marapanim reside no fato de que a gestão de recursos hídricos é essencialmente territorial. O Comitê atua diretamente na esfera local, recebendo apoio financeiro, técnico e logístico do órgão gestor dos recursos hídricos. No entanto, a verdadeira gestão descentralizada, participativa e integrada ocorre no nível técnico, territorial e local, por meio do Comitê”, explicou a coordenadora.
“Quanto ao trabalho do Comitê, ele possui um papel deliberativo e consultivo, tomando decisões relacionadas ao território da bacia. O Comitê é uma entidade focada em normativas, decidindo o que será feito na bacia, como será a organização territorial produtiva e econômica, sempre considerando a utilização dos recursos hídricos e a conservação e preservação do ambiente”, acrescentou Brenda Cirilo.
Texto: Antônio Darwich – Ascom/Semas