21/12/2023 17h08 | Atualizado em 22/12/2023 09h07 Por ASCOM
A Secretaria Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) realizou, nesta quinta-feira (21), a 5ª edição do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática (FPMAC). O evento, criado para promover a cooperação e o diálogo entre os diferentes setores da sociedade, visa o enfrentamento dos problemas relacionados às mudanças climáticas. Uma das temáticas abordadas no evento, na manhã desta quinta, foi a atuação no fórum da Câmara Técnica da Juventude, trazendo levantamentos de pesquisas e resultados da ação desde a sua implementação no Fórum, durante o “Diálogos da Amazônia”, em agosto deste ano.
O Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática reúne órgãos do poder público estadual e federal, povos indígenas e quilombolas, comunidades tradicionais, instituições privadas e entidades do terceiro setor para monitorar, avaliar e planejar a política estadual de redução dos efeitos das mudanças climáticas.
A Câmara visa identificar estratégias que possam responder às inúmeras crises ambientais e humanitárias causadas pelas mudanças do clima, inclusive com a missão de propor e desenvolver políticas que minimizem os impactos sofridos pelos jovens com as mudanças climáticas, fortalecendo o Fórum no cumprimento de seus objetivos. Além disso, a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas tem como um de seus princípios a implementação de ações que promovam a equidade de gênero e a participação de jovens nos processos de implementação dessa Política.
Durante a realização da reunião, que ocorreu na Sala 5 do Hangar, a coordenadora de Projetos de Sustentabilidade da Cooperação da Juventude Amazônida para o desenvolvimento Sustentável (Cojovem), Karla Braga, destacou o tamanho da importância das lideranças jovens integrarem o FPMAC mediante uma Câmara Técnica exclusiva para esse público.
“Nós conseguimos instaurar uma Câmara Técnica dentro desse espaço de discussão climática, pois é essencial para que a gente consiga sobretudo alcançar políticas públicas que sejam sensíveis às juventudes. Durante a COP 28, conseguimos acordar junto com o Governo do Estado pudéssemos deliberar uma cadeira dentro do comitê executivo voltada para as juventudes, já que mais de um terço da população do Estado do Pará é composta por juventudes, para que essas juventudes possam estar não apenas sendo ouvidas, mas também contribuir para a política ambiental do Estado”, explicou.
Para o gerente do Núcleo de Governança das Águas e do Clima da Semas, Calil Pacheco, o evento realçou o papel da Semas em promover espaços de discussão que envolve os anseios da juventude paraense, ainda mais na questão climática, considerando que é essa parcela da população que deverá sofrer as consequências no futuro do que vier a ocorrer no presente. Logo, para ele, apoiar a Câmara Técnica da Juventude é papel fundamental da Semas dentro do Fórum Paraense sobre Mudanças Climáticas.
“A Semas está muito contente em preparar esse evento junto com os nossos apoiadores para que a Câmara Técnica de Juventudes tenha um espaço no fórum. Um espaço de representatividade, de vozes que vão lutar pelos ideais, pelas ideais da juventude do Pará para que eles tenham cada vez mais políticas públicas voltadas para mitigar todas as mudanças climáticas que acontecem principalmente com os jovens, que são o nosso futuro e representam uma grande parcela da população do Pará. Estamos muito contentes em proporcionar esse espaço para a primeira reunião deles no FPMAC, como câmara técnica”, frisou ele.
Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática – Instituído pelo decreto estadual nº 254, de 8 de agosto de 2019, o FPMAC tem entre seus objetivos a redução de emissões de gases de efeito estufa, a promoção do desenvolvimento sustentável e o estabelecimento de medidas de adaptação climática no Estado do Pará.
Como parte da estrutura do FPMAC, as Câmaras Técnicas são instituídas pelo Comitê Executivo ou pelo Plenário da conferência, para subsidiar os trabalhos e garantir o efetivo exercício das competências do Fórum. Elas são compostas por membros do Fórum e, eventualmente, por instituições convidadas.
As Câmaras Técnicas podem formar Grupos de Trabalho, para reunir informações e dados, elaborar diagnósticos e propostas técnicas, além de propor e acompanhar ações relacionadas à sua área de atuação. Alguns dos membros de destaque são: Fetagri, Cojovem, Fepipa, Malungu, CNS, Sarambí, Seirdh e Ufra.
Texto: Lucas Quirino – Ascom/Semas