O Pará está finalizando a construção do sistema jurisdicional que vai garantirá a integridade de seu mercado de carbono
O Pará está finalizando a construção do sistema jurisdicional que vai garantirá a integridade de seu mercado de carbono. Os créditos jurisdicionais são gerados a partir de redução efetiva do desmatamento, promovida aceleradamente pelo Estado, garantido a segurança no crédito gerado.
“Trata-se, certamente, de uma das mais estratégicas ações para podermos valorizar a floresta viva e permitir que, a partir deste ativo, consigamos frear ainda mais o desmatamento e a pressão sobre a floresta. Asseguraremos que a floresta viva possa valer mais do que ela morta”, disse o governador durante o evento.
O projeto do Estado está sendo desenvolvido com apoio do governo da Noruega que aportou R$ 23 milhões. Já foi implementada a Companhia Estadual de Ativos Ambientais, que será responsável pela transação dos ativos do estado. O Estado fará a comparação das emissões anteriores com as emissões do ano atual para calcular os créditos e garantir a sua alta integridade do ponto de vista social, ambiental e contábil para comercialização.
O processo de construção está sendo feito em conjunto com os povos indígenas, quilombolas e extrativistas. Além disso, a receita da venda dos créditos jurisdicionais será retornada, em maioria, para as populações tradicionais, a partir de critérios por eles definidos. Outra parte retorna para os governos para financiar as políticas públicas de redução do desmatamento e de promoção do desenvolvimento sustentável. “Temos convicção que essa caminhada até a COP 30 será fundamental para podermos deixar um legado ambiental de transformação da nossa região que cuide da floresta e das pessoas: e o mercado de carbono é decisivo na conciliação das vocações”, finalizou.