Governador participa de painel sobre mercado de carbono na COP 28 e apresenta modelo paraense

04/12/2023 12h34 | Atualizado em 04/12/2023 13h43 Por ASCOM

Governador participa de painel sobre mercado de carbono na COP 28 e apresenta modelo paraense
COP 28

O Pará está finalizando a construção do sistema jurisdicional que vai garantirá a integridade de seu mercado de carbono

O governador Helder Barbalho participou, nesta segunda-feira (4), na COP 28 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, do painel de discussão “Mercado voluntário de carbono”, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O Pará está finalizando a construção do sistema jurisdicional que vai garantirá a integridade de seu mercado de carbono. Os créditos jurisdicionais são gerados a partir de redução efetiva do desmatamento, promovida aceleradamente pelo Estado, garantido a segurança no crédito gerado.

“Trata-se, certamente, de uma das mais estratégicas ações para podermos valorizar a floresta viva e permitir que, a partir deste ativo, consigamos frear ainda mais o desmatamento e a pressão sobre a floresta. Asseguraremos que a floresta viva possa valer mais do que ela morta”, disse o governador durante o evento.

O projeto do Estado está sendo desenvolvido com apoio do governo da Noruega que aportou R$ 23 milhões. Já foi implementada a Companhia Estadual de Ativos Ambientais, que será responsável pela transação dos ativos do estado. O Estado fará a comparação das emissões anteriores com as emissões do ano atual para calcular os créditos e garantir a sua alta integridade do ponto de vista social, ambiental e contábil para comercialização.

O processo de construção está sendo feito em conjunto com os povos indígenas, quilombolas e extrativistas. Além disso, a receita da venda dos créditos jurisdicionais será retornada, em maioria, para as populações tradicionais, a partir de critérios por eles definidos. Outra parte retorna para os governos para financiar as políticas públicas de redução do desmatamento e de promoção do desenvolvimento sustentável. “Temos convicção que essa caminhada até a COP 30 será fundamental para podermos deixar um legado ambiental de transformação da nossa região que cuide da floresta e das pessoas: e o mercado de carbono é decisivo na conciliação das vocações”, finalizou.

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