Vice-governadora Hana Ghassan e o titular da Semas destacaram o que o mundo pode esperar da maior conferência sobre mudanças climáticas em Belém
Na COP 28, em Dubai, ao participarem de um evento que discutiu os desafios para sediar a COP 30, em Belém, a vice-governadora do Estado, Hana Ghassan, e o titular da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, destacaram as expectativas para a realização do maior evento sobre mudanças climáticas do mundo na capital paraense em 2025. O painel “A Amazônia aberta ao Mundo na COP 30”, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
No evento, o Pará ocupou o centro do palco, enfatizando o papel crucial da Amazônia nos assuntos globais. O evento também contou com a participação do Presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, e a moderação foi conduzida por Rubens Magno Júnior, Superintendente do Sebrae Pará.
“Nós sabemos o grande desafio que é sediar um evento dessa magnitude no nosso Estado, e com a ajuda de entidades importantes como o Sebrae, com certeza a nossa tarefa vai ficar menos difícil. Quero cumprimentar
aqui o nosso secretário de meio ambiente, que cuida de todas as políticas públicas na área ambiental do Estado do Pará. Parabenizar pelo trabalho que vem sendo realizado, que é uma referência nacional com políticas públicas inovadoras na área de proteção e desenvolvimento socioeconômico.
“Estamos aqui na COP 28, num grande momento, numa oportunidade única da gente fortalecer o compromisso com a Amazônia. E o Governo do Estado, desde 2019, tem na pauta ambiental uma prioridade. Conseguimos, ao longo desse período, demonstrar que é possível produzir e preservar. Essa é a fala mais importante que o governador Helder Barbalho sempre faz: que precisamos nos preocupar com a sustentabilidade econômica, ambiental e também de inclusão. E temos trabalhado nessa vertente. Sediar um grande evento mundial como a COP, no nosso Estado, só fortalece ainda mais o papel do Governo do Pará nessa atuação”, disse Hana Ghassan.
“Vivemos uma realidade diferente na Amazônia, uma realidade que a gente quer ter oportunidade de mostrar para o Brasil e para o mundo, para que as pessoas possam entender que lá vivem 29 milhões de pessoas e todas também precisam ser cuidadas, para que elas possam nos ajudar a cuidar do meio ambiente. Portanto, esse desafio de realizar a COP 30 em Belém, é de deixar um legado a eles”, reforçou a vice-governadora.
O evento marcou um passo significativo para reconhecer o papel multifacetado da Amazônia e abordar seus desafios nos âmbitos econômico e ambiental.
Mauro O’de Almeida, titular da Semas, destacou que o desafio é incluir as florestas no debate mundial. “Na Amazônia Legal vivem 29 milhões de pessoas e quase 9 milhões estão no Estado do Pará. Nós precisamos, além de mostrar a realidade que a gente tem, fazer com que essas pessoas que moram lá, também tenham consciência de que são importantes dentro do contexto da política mundial. Aliás, o Brasil já podia ter tido uma COP, se o governo brasileiro não tivesse desistido na época, em 2019. Então, o desafio do Brasil é fazer com que uma COP do clima se inclua a agenda de florestas. O nosso problema no Brasil não é só a indústria da emissão de gases. Precisamos colocar em pauta a floresta, o desmatamento e queimadas, portanto, é diferente do que se discute nas COPs do clima, que normalmente trata de combustíveis fósseis, poluição por indústria, mobilidade, saneamento. Precisamos colocar isso dentro do debate, inserir as florestas nas discussões”, disse o secretário.