22/11/2023 18h59 | Atualizado em 25/11/2023 20h58 Por ASCOM
A Secretaria de de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) promoveu nos dias 21 e 22 de novembro uma capacitação técnica para os seus servidores acerca da plataforma digital que visa permitir o monitoramento dos compromissos assumidos no Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), o Módulo de Inteligência Territorial (MIT). O curso foi promovido pela The Nature Conservancy (TNC) em parceria com a EloGroup.
O MIT cruza e confere dados oriundos de diferentes fontes integradas e atualizadas automaticamente, a partir de um banco de dados criado como parte de uma estratégia mais ampla de transformação digital da Semas. Todas as ferramentas de inovação tecnológica desenvolvidas pela secretaria, incluindo a Plataforma Selo Verde e o CAR 2.0, serão integradas a esta mesma base de dados, possibilitando o uso compartilhado entre órgãos do Governo do Estado e garantindo a padronização de todos os indicadores e resultados disponíveis nos diferentes sistemas.
O titular da Semas, Mauro O’de Almeida, destacou que a automação de processos é estratégia para agilizar serviços realizados pela Semas. “Conseguimos fazer com que o processo de licenciamento hoje pudesse ser feito de forma totalmente automatizada, do início ao fim, com uma série de tutoriais no site da Semas”, disse o secretário.
Ainda de acordo com o secretário, esse mecanismo vai auxiliar no monitoramento dos compromissos assumidos no Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA). “Foi com a transformação digital e inovação que nós fizemos o Módulo de Inteligência Territorial, que é uma ferramenta de gestão territorial em que a gente avalia onde estão as cadeias produtivas, onde precisam ser reforçadas e para onde os esforços do estado precisam ser direcionados”, concluiu o titular da Semas.
Thomas Klein, gerente de projetos da EloGroup, salientou que o MIT vem com o objetivo de condensar todas essas informações e garantir que todo mundo consiga enxergar sempre o mesmo resultado.
“O MIT foi construído em três etapas, uma etapa para garantirmos a entrada automática desses dados no ambiente que chamamos de Data Lake, que seria uma entrada automática onde é possível mapear todas as fontes de dados, garantindo a ingestão dessas fontes de dados e nesse Data Lake que é onde iremos fazer a reposição de dados. Um painel de alertas gerais do estrangeiro. Como, por exemplo, sobreposição de carros com terras indígenas, sobreposição de carros com outras terras públicas, identificação de áreas embargadas e assim por diante, um segundo painel focado em indicadores da cadeia da pecuária, então entender imóveis prioritários para a recondução, imóveis que têm, pelo outro lado da moeda, um cenário positivo que podem ser incentivados, indicadores de passagem animal, de lotação animal, e também, eventualmente, indicadores de identificação de como funciona a cadeia hoje da cadeia da pecuária. Um terceiro painel focado em restauração nativa. E por fim, um quarto painel onde a gente visualiza a priorização de imóveis, O MIT vem com esse objetivo de condensar todas essas informações e garantir que todo mundo consiga enxergar sempre o mesmo resultado”, frisou Thomas.
A líder em governança multiatores e políticas públicas The Nature Conservancy (TNC) Brasil na Amazônia, Tereza Moreira, ressalta que o MIT gera informações estratégicas para que o Estado possa tomar decisões e estabelecer o melhor processo, logo, ele será utilizado por outras secretarias e organizações do Estado. “ A Semas é o primeiro usuário, é o gestor central e o primeiro usuário dessa plataforma para, na sequência, começar a estabelecer processos de colaboração e troca de informação com outros órgãos de governo. É importante ressaltar também que os processos de gestão da SEMAS dependem muito de informações das outras secretarias, e essas outras secretarias também dependem de informações da Semas”, pontuou ela.
Indara Aguilar, coordenadora da Diretoria de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais (DIMUC) da Semas, aponta que O Treinamento para o uso do Módulo de Inteligência Territorial pelos servidores da SEMAS representa um avanço significativo na gestão ambiental, territorial e estratégica do Estado.
“A integração dos dados possibilitará uma enorme agilidade e eficiência nas análises dos processos além do planejamento das ações e políticas públicas em desenvolvimento.
O novo sistema auxiliará na melhoria do controle e na visão ampla das informações geridas pelos órgãos de controle, trazendo maior segurança para a administração e para a sociedade”, finalizou.
Módulo de Inteligência Territorial (MIT) – Com o objetivo de direcionar e monitorar os esforços necessários para atingir as metas do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), considerando os objetivos de restaurar 7,41 milhões de hectares de área verde até 2035 e atingir a neutralidade de emissões de gases de efeito estufa a partir de 2036, o Governo do Pará também está lançando uma plataforma digital que integra informações ambientais, fundiárias e produtivas para aprimorar os processos de gestão territorial e de cadeias de valor chave para a economia paraense, com foco inicial na pecuária.
Além de permitir o monitoramento dos compromissos assumidos no PEAA, o Módulo de Inteligência Territorial (MIT) também irá proporcionar o alinhamento de estratégias entre diferentes órgãos com base em inteligência territorial. O MIT irá proporcionar ainda uma maior capacidade de planejamento e alocação de esforços de regularização e sinergia entre os setores público e privado na definição de prioridades de investimento.
Texto: Lucas Quirino – Ascom Semas