15/11/2023 09h39 | Atualizado em 21/11/2023 12h20 Por ASCOM
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) participou nos dias 13 e 14 de novembro, no município de Santarém, na região do Tapajós, de workshop com o tema “Estratégias Bioeconômicas para a Cadeia Produtiva da Mandioca”. Representantes da prefeitura, da Faepa (Federação da Agricultura e Pecuária do Pará), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará), Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará), Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará), Sedap (Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca) e Sindicato de produtores rurais do município também participaram do evento.
O workshop foi realizado por Embrapa, Ufopa e a prefeitura de Santarém com apoio de Sedap, Semas e Faepa. As palestras promoveram debates de temas como o atual panorama da produção mundial e regional, fitossanidade das manivas-semente, variedades resistentes a pragas e doenças, regularidade da cadeia e potencial dos produtos derivados da mandioca para a Bioeconomia.
Entre os objetivos do evento, estava a divulgação dos resultados de pesquisas e projetos como o “Maniva Tapajós”, que auxilia produtores em experimentos de cultivo de variedades mais resistentes e produtivas. O workshop também enfatizou a busca por soluções de problemas que atualmente são desafios para expansão da mandiocultura no oeste paraense. O objetivo é a diversificação da produção, do cultivo de subsistência, predominante na região, para uma produção industrial. Para isso, o evento propôs o uso de tecnologias mais sustentáveis, que preservem o modo de vida e o saber tradicionais das populações que, historicamente, cultivam a mandioca, tornando essa cultura uma referência em bioeconomia.
“O estímulo à transição econômica para matrizes de baixas emissões de gases do efeito estufa (GEE), como o incentivo à agricultura de baixo carbono, técnicas inovadoras e sustentáveis e boas práticas de manejo da atividade poderão aumentar a eficiência do uso terra, sem aumentar a pressão sobre as florestas e garantindo a conservação do solo”, disse Andrelina Serrão, gerente da GEMUC (Gerência de Mudanças Climaticas da Semas).
A gerente afirma que também é possível adotar alternativas sustentáveis para beneficiar o produto. “Na fase do beneficiamento do produto, também já existem práticas sustentáveis, como o uso de sementes de açaí para alimentar o forno de fazer farinha ou o uso compartilhado de forno elétrico, para substituir o uso da lenha. Entre outras técnicas que podem reduzir os impactos dessa atividade no meio ambiente, como o controle do desmatamento e redução das emissões de GEE, trazendo melhorias pra a produção, benefícios sociais, ambientais e superação da pobreza, através da sociobioeconomia”, declarou Andrelina Serrão em sua palestra, que teve como tema “Potencial dos produtos derivados da mandioca para a bioeconomia”.