A comitiva representa a Global Environmental Institute, que presta assessoria para empresas interessadas na produção pecuária do Pará
10/11/2023 09h44 | Atualizado em 20/11/2023 08h20 Por ASCOM
Representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) receberam, nesta quinta-feira (09), em Belém, a visita de representantes da organização não governamental Global Environmental Institute (GEI), que presta assessoria para empresas interessadas na produção pecuária do Pará.
O objetivo do encontro foi apresentar ações, metas, programas e objetivos da Semas em diversas áreas, a fim de trocar experiências e propor parcerias, bem como discutir em detalhes a funcionalidade da plataforma SeloVerde, para fomentar a regularização ambiental e a reinserção produtiva dos fornecedores diretos e indiretos do Pará.
“Nós queremos agradecer pela oportunidade de visitar as suas organizações. Eu acho que nós apreciamos seus esforços e atividades para o SeloVerde, contribuindo para proteger a floresta tropical da Amazônia. Nossa delegação se impressionou bastante com as suas organizações. Logo, queremos fortalecer nossa compreensão acerca do trabalho feito pelo Pará, e também gostaríamos de fortalecer nossa cooperação, para que no futuro possamos fazer esse intercâmbio de esforços comuns e atividades comuns, na intenção de proteger as áreas amazônicas e também perceber que as pessoas locais vão à sustentabilidade”, disse Peng REN, gerente do Programa de Investimento, Comércio e Meio Ambiente no Exterior da Global Environmental Institute (GEI).
Produzir para ao mundo – Francisco Victer, coordenador da Aliança Paraense pela Carne, que também teve participação ativa na reunião, ressaltou a importância do encontro na direção de demonstrar para o mercado externo o processo de regularização ambiental, a redução do desmatamento e das queimadas, e garantir a estabilidade de atividades produtivas no Estado.
“Nosso grande objetivo é ajudar os paraenses na melhoria de sua qualidade de vida, através de sua grandeza como Estado, e também para que ele possa produzir, que o mundo possa consumir e a gente possa, cada vez mais, atrair benefícios, dinheiro e negócios para a economia paraense, com impacto direto na melhoria da qualidade de vida dos paraenses”, frisou.
Os representantes da comitiva chinesa foram recebidos pela equipe da Semas, liderada pela diretora de Bioeconomia, Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais, Renata Nobre; a coordenadora da Diretoria de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais, Indara Aguilar, e a assessora Técnica da Semas, Andréa Coelho, que fez a apresentação aos convidados.
Ferramenta gratuita – “O SeloVerde é uma ferramenta iniciada no Estado do Pará. Nós somos os primeiros no Brasil a utilizar esse mecanismo de rastreabilidade na cadeia da pecuária. É um produto, é uma ferramenta gratuita de acesso público, que permite a geração de laudos quanto ao balanço ambiental dos imóveis rurais que estão cadastrados no Sicar Pará (Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural), assim como informações de rastreabilidade. É uma ferramenta que possui uma modelagem com base no Código Florestal e também nos critérios do TAC da carne (Termo de Ajustamento de Conduta), que é o monitoramento da pecuária realizado pelo Ministério Público Federal. Usa dados públicos, dados governamentais, que são auditáveis, e também mapeamentos de alta resolução para melhorar a verificação de informações nos imóveis, principalmente relacionadas a áreas de proteção permanente, que são as APPs. Pontos que são sempre importantes destacar, e a China tem interesse em fazer um piloto aqui no Pará em relação aos interesses comerciais deles”, disse Andréa Coelho.
“O Estado tem uma plataforma que garante a transparência do produtor de carne, do pecuarista, e esta plataforma é fundamental para que o Estado tenha acesso a mercados, à segurança na demonstração da regularidade da nossa produção animal, que é o SeloVerde. A ideia é que cada vez mais os produtores rurais passem a fazer parte do processo de construção dessa ferramenta de transparência, que é o SeloVerde”, frisou Renata Nobre.
Texto: Lucas Quirino – Ascom/Semas