07/11/2023 16h25 Por ASCOM
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) promoveu nesta segunda-feira (06) a 1ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Juventudes, do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática (FPMAC). A Câmara começou a traçar estratégias para levantamento de dados que possam subsidiar ações do estado no âmbito da Política Estadual sobre Mudanças Climáticas (PEMC) e do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), bem como, os preparativos para a COP28 deste ano, em Dubai, e principalmente, para a COP30, em 2025, na capital paraense
O Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática reúne órgãos do poder público estadual e federal, povos indígenas e quilombolas, comunidades tradicionais, instituições privadas e entidades do terceiro setor para monitorar, avaliar e planejar a política estadual de redução dos efeitos das mudanças climáticas.
A Câmara visa identificar estratégias que possam responder às inúmeras crises ambientais e humanitárias causadas pelas mudanças do clima, inclusive com a missão de propor e desenvolver políticas que minimizem os impactos sofridos pelos jovens com as mudanças climáticas, fortalecendo o Fórum no cumprimento de seus objetivos. Além disso, a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas tem como um de seus princípios a implementação de ações que promovam a equidade de gênero e a participação de jovens nos processos de implementação desta Política.
O Gerente do Núcleo de Governança das Águas e do Clima da Semas, Calil Pacheco, ressaltou o papel fundamental que a juventude tem, no cenário atual, no que tange a construção de um futuro promissor, principalmente na região amazônica. Logo, enfatizou a importância de ouvir esses atores por uma Câmara Técnica exclusiva para a juventude.
“No cenário atual, a juventude desempenha um papel fundamental na construção de um futuro mais promissor. Reconhecendo isso, o governo estadual desempenha um papel vital no apoio ao início dos trabalhos da recém-criada Câmara. Um esforço notável foi feito para trazer essa iniciativa à vida. A Câmara Técnica de Juventudes, formada por jovens talentosos e comprometidos, recebeu apoio significativo do governo estadual para que suas atividades pudessem começar de maneira eficiente. Esse apoio se reflete em investimentos em infraestrutura, capacitação, e incentivos para a participação ativa dos jovens em questões que impactam diretamente a sua geração”, salientou Calil.
Pacheco explica que a criação da câmara técnica da juventude faz parte do esforço empregado pelo governo do estado em promover uma construção participativa de sua política de proteção ao meio ambiente, trazendo para a discussão a juventude. “Estamos contentes em auxiliar a Câmara Técnica de Juventudes nos projetos futuros e sabemos da grande importância da participação jovem em questões do clima no Pará. O esforço conjunto de líderes governamentais, organizações da sociedade civil e jovens representantes da Câmara Técnica de Juventudes foi essencial para superar desafios e estabelecer uma estrutura sólida. O objetivo é criar um espaço inclusivo e dinâmico para os jovens poderem contribuir com ideias e soluções inovadoras para os problemas que enfrentam”, concluiu.
Karla Braga, coordenadora de Projetos de Sustentabilidade da Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável (COJOVEM), destacou a imersão das lideranças jovens nas políticas sustentáveis promovidas pelo estado do Pará, ao criar uma Câmara Técnica voltada para eles. “A reunião de hoje foi muito produtiva e propositiva, e percebemos que as juventudes estão realmente motivadas a implementar ações. A implementação de políticas públicas sensíveis às juventudes no contexto climático é um grande desejo das juventudes que compõem essa Câmara Técnica. Conseguimos nos organizar em coordenadorias, identificar nossos grupos de trabalho e entender nossos principais focos de atuação na política climática do Estado do Pará. As expectativas são altas para a implementação de políticas públicas que garantam os direitos das juventudes e nossa proteção nas políticas climáticas estaduais”, relatou.
Outra integrante ativa na Câmara, a Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará (FEPIPA), representada por Nathalia Moraes, indígena do povo Mapuá, relatou acerca dos encaminhamentos gerados na 1ª Reunião da Câmara, no que diz respeito na atuação do governo no estado do Pará na defesa dos povos tradicionais da região amazônica.
“Discutimos vários encaminhamentos, incluindo a criação de um Grupo de Trabalho para povos e comunidades tradicionais, com representação indígena, quilombola e ativista por meio da FEPIPA, Malungu e CNS. Foi um momento importante para entender como o fórum está incluindo os povos e comunidades tradicionais e como a juventude indígena está se envolvendo nos debates sobre clima”, frisou Natália Moraes.
Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática – Instituído pelo decreto estadual nº 254, de 8 de agosto de 2019, o FPMAC tem entre seus objetivos a redução de emissões de gases de efeito estufa, a promoção do desenvolvimento sustentável e o estabelecimento de medidas de adaptação climática no estado do Pará.
Como parte da estrutura do FPMAC, as Câmaras Técnicas são instituídas pelo Comitê Executivo ou pelo Plenário da conferência, para subsidiar os trabalhos e garantir o efetivo exercício das competências do Fórum. Elas são compostas por membros do Fórum e, eventualmente, por instituições convidadas.
As Câmaras Técnicas podem formar Grupos de Trabalho, para reunir informações e dados, elaborar diagnósticos e propostas técnicas, além de propor e acompanhar ações relacionadas à sua área de atuação. Alguns dos membros de destaque são: FETAGRI, COJOVEM, FEPIPA, MALUNGU, CNS, SARAMBÍ, SEIRDH, UFRA.
Texto: Lucas Quirino – Ascom Semas