30/06/2023 14h14 Por ASCOM
MEIO AMBIENTE
A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) encerra a programação do ‘Junho Verde’ com a I Jornada de Educação Ambiental e Cultura Oceânica em municípios da Zona Costeira Paraense.
A ação de educação ambiental promoveu debates sobre temas relacionados à cultura oceânica, como descarte de resíduos e efeitos das mudanças climáticas na zona costeira. O evento esteve em Maracanã, no dia 2 de junho, e, na quinta-feira (29), em Castanhal, os dois municípios no nordeste estadual.
Em Maracanã, cerca de 170 alunos da escola Francisco Nunes participaram dos debates da Semas. Em Castanhal, as palestras reuniram 50 alunos dos cursos técnicos em agropecuária e controle ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), Universidade do Estado do Pará (Uepa) e escola São Lucas.
“Participar deste diálogo foi muito importante porque permitiu que pudéssemos entender alguns conceitos, compreender o que a legislação traz sobre estes temas. A discussão sobre a educação ambiental e as formas que foram repassadas sobre como dialogar com as escolas e com os jovens para trabalhar esta temática também foram fundamentais. Acredito que este momento foi muito importante e Castanhal só tem a agradecer por esta contribuição da Semas para fortalecer nosso município”, afirma Carla Matos, agrônoma da secretaria de Meio Ambiente de Castanhal.
“A palestra compõe a agenda do Junho Verde, que faz alusão ao mês do meio ambiente. Para nós da Ceam [Coordenadoria de Educação Ambiental] está sendo mais uma oportunidade de trabalhar os problemas ambientais com a visão relacionada à área costeira paraense”, diz a gerente de Programas e Projetos de Educação Ambiental da Semas, Edira Vidal.
Lucílio Lopes Mota, professor da Escola Francisco Nunes, de Maracanã, destaca a importância da formação da consciência ambiental entre os jovens do município. “Este debate foi muito importante não só para o corpo docente da escola, mas principalmente para a vivência dos alunos, que diariamente estão convivendo com as temáticas abordadas na palestra, como pesca predatória, crise climática, educação ambiental, preservação de conservação dos manguezais que existem muito na região. Temos muita preocupação com a preservação de nossas belas praias, como a praia da Penha, da Marieta, do Mota, que ainda são quase inabitadas, mas que futuramente podem ter maior fluxo de turistas”, afirma o professor.
O município de Maracanã foi escolhido para ação porque, além de fazer parte da zona costeira, conta em sua rede de ensino municipal de ensino com a Escola Francisco Nunes, a primeira do estado do Pará a integrar o programa “Escola Azul Brasil”, desenvolvido pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) e que busca engajar a sociedade em ações necessárias para atingir as metas da Agenda 2030 e da sustentabilidade do oceano.
“Os técnicos da Semas puderam contribuir com a formação e multiplicação de agentes ambientais que os alunos podem ser. Cobramos para que eles sejam multiplicadores de boas práticas ambientais e disseminadores das temáticas abordadas”, completa o professor.
“A gente está levando informações para os jovens alunos, que vão se transformar depois em multiplicadores, sobre a importância do oceano, da zona costeira e das ameaças que esta região recebe com os impactos de uma ocupação mais intensa. A jornada vem exatamente para alertar a comunidade escolar desta temática toda e com isso a cultura oceânica começa a ser desenvolvida e praticada em nossa região costeira”, afirma o geógrafo Walter Soares, técnico da Semas que ministrou a palestra ao lado do também geógrafo Lucivaldo Pontes.