Operação Curupira: agentes embargam área, aplicam multas e apreendem equipamentos

22/06/2023 16h43 | Atualizado em 22/06/2023 18h41 Por ASCOM

Operação Curupira: agentes embargam área, aplicam multas e apreendem equipamentos

Autos de infração aplicados pela fiscalização por crimes ambientais superam o valor de R$ 14 milhões, no distrito de Castelo dos Sonhos

A Operação Curupira desarticulou mais ações criminosas que causam impacto negativo no meio ambiente do distrito de Castelo dos Sonhos, no município de Altamira, no sudoeste paraense, entre os dias 2 e 22 de junho. Os autos de infração aplicados, nesse período, superaram o valor de R$ 14 milhões. Os agentes também embargaram as áreas utilizadas de modo ilícito, apreenderam maquinários e equipamentos usados de forma ilegal, e executaram outros procedimentos administrativos e policiais.

Lançada em fevereiro deste ano para reforçar o combate a crimes ambientais no Pará, como desmatamento e garimpos ilegais, a operação está instalada em bases fixas de atuação nos municípios de Uruará, Novo Progresso, São Félix do Xingu e mais recentemente no distrito de Castelo dos Sonhos, no sudoeste do Pará, todos apontados como áreas críticas de desmatamento e na lista de maiores desmatadores da região.

Em campo, os agentes trabalham com base em informações de imagens de satélite fornecidas pelo Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam), da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), que  dá também respaldo estratégico ao trabalho realizado in loco. A execução da operação conta ainda com efetivo das Polícias Civil, Científica e Militar, Corpo de Bombeiros e da  Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) por meio do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp).

Resultados – Durante a mais recente Operação, a equipe interinstitucional localizou e embargou 20,75 hectares de áreas exploradas ilegalmente, apreendeu duas escavadeiras, cinco motobombas, duas balsas para motobomba, 32 tubos PEAD (Polietileno de Alta Densidade), 5.700 litros de combustível S500 para máquinas pesadas, três bombas de combustível, uma Patrol (máquina pesada), dois tratores de esteira e três motosserras.

Os procedimentos administrativos lavrados foram 16 autos de infração, 13 termos de apreensão, mais oito de depósito, outros cinco de interdição, um de notificação, e ainda dois termos de destruição e dois de doação.

O balanço da Operação Curupira, entre 2 e 22 de junho, encerra com três Boletins de Ocorrência (BO) e a aplicação de autos de infrações no valor  de R$ 14.007.078,60 milhões.

O coordenador de fiscalização ambiental, da Semas, Tobias Brancher, explica que como forma de intensificar as ações de combate ao desmatamento e de garimpo ilegal no estado do Pará, a Secretaria junto aos órgãos vinculado à Segurança Pública, iniciaram a Operação Curupira em fevereiro desse ano, voltado principalmente aos municípios onde foram detectados a maior ocorrência dos crimes ambientais. Um desses municípios foi Novo Progresso e também o distrito de Castelo dos Sonhos, vinculado ao município de Altamira.

“A partir da instalação de uma base fixa no distrito, juntamente ao uso de aeronaves, dois helicópteros exclusivos para ação ambiental, as equipes conseguiram se deslocar mais rapidamente até esses pontos, intensificando as ações. Por isso, já se detecta uma diminuição nos pontos de desmatamento ativo, muito em função da presença da equipe nesses locais. O que a gente espera é que, agora, com o começo da temporada de seca no interior do estado, os desmatadores tentem novamente voltar a executar essas ações e a gente vai estar presente, pra continuar coibindo esses ilícitos. Então, a ideia é manter a presença do Estado fixa nesses locais. Foi de grande êxito essa base fixa no distrito de Castelo dos Sonhos, que é historicamente um dos locais onde a gente mais tinha ocorrência de desmatamento e também de garimpo. Então, a gente desmobiliza essas atividades, faz apreensão do maquinário utilizado, causa um prejuízo econômico a esses atores e isso também dificulta que eles voltem a atuar na região”, avalia o coordenador da fiscalização.

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