18/05/2023 10h45 | Atualizado em 18/05/2023 11h07 Por ASCOM
A bioeconomia é um dos elementos transformadores na transição socioeconômica do Pará, que valoriza conhecimentos tradicionais, riqueza florestal e as pessoas.
O painel “As bioeconomias da Amazônia: novos modelos de produção para a sustentabilidade” foi mediado pela assessora especial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Manuela Kirschner do Amaral, com a participação da secretária Nacional de Bioeconomia, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Carina Pimenta; da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Ana Margarida Castro Euler; Instituto Arapyaú, Uma Concertação pela Amazônia; Lívia Pagotto e do secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg.
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida, abordou “A elaboração do Plano Estadual de Bioeconomia do Pará e mecanismos de participação social”. O Plano é uma forma inédita de construção, que envolveu cinco setores diretamente: Governo, Academia, Terceiro Setor, Setor privado e Povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, totalizando mais de 40 instituições.
“O principal diferencial, e que nos enche de orgulho, foi fazer algo inovador com a escuta qualitativa de PIQCTs. Temos hoje um plano consistente, onde as comunidades tradicionais afirmam que pela primeira vez eles se sentiram partícipes dentro de uma política pública no Estado do Pará. E é dessa forma que acreditamos na sua eficácia, pois não foi algo pensado de cima para baixo. Foi construído com quem mais entende da biodiversidade”, enfatizou Mauro O’de Almeida.
Economia e natureza – O PlanBio é uma política pública do Governo do Pará, coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas) e ancorado na Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), sendo também um dos componentes do eixo de desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA). O Plano de Bioeconomia foi lançado oficialmente na COP-27, realizada em 2022, no Egito.
O Plano possui 92 ações, divididas entre três principais eixos. As ações se distribuem entre Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; Patrimônio Cultural e Patrimônio Genético e Cadeias Produtivas e Negócios Sustentáveis. “Precisamos fazer a bioeconomia acontecer, cuidar das pessoas na floresta. Além disso, precisamos criar mercados para que a bioeconomia se estabeleça, para que se crie um novo modelo econômico de desenvolvimento”, completou o titular da Semas.