05/04/2023 11h33 Por ASCOM
O Novo Mangueirão contempla iniciativas de sustentabilidade, como utilização de placas fotovoltaicas e sistema de coleta de água da chuva. Em função disso, o complexo passa a ser referência não somente como palco esportivo, mas também como exemplo de arena que contempla iniciativas que preservam o meio ambiente.
A técnica em Gestão de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Raimunda Silva, afirma que é importante que órgãos e entidades da administração pública implementem iniciativas sustentáveis, para estimular o uso consciente dos recursos naturais e dos bens públicos.
Exemplos dessas medidas incluem evitar a utilização de água potável onde essa não é necessária, como, por exemplo, nas descargas e na lavagem de pisos, substituindo pela água da chuva; e o emprego de placas fotovoltaicas para geração de energia, que não apenas permite a conservação de recursos naturais, como a diminuição de despesas com energia elétrica.
“A administração pública, quando opta por implantar projetos sustentáveis, além de reduzir consideravelmente seus custos, contribui para a preservação do meio ambiente e promoção da qualidade de vida para as presentes e futuras gerações”, justifica a servidora.
O titular da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), Cássio Andrade, detalha que o projeto do Novo Mangueirão segue um padrão moderno. Como é uma arena que foi preparada para atrair um alto fluxo de pessoas, seus espaços são pensados para oferecer todo o conforto e segurança ao público.
“Tudo isso, alinhado a uma estrutura ecologicamente sustentável, com alternativas de economia a partir do uso de água da chuva, eficiência no uso de energia alternativa e diversas práticas que reforçam o compromisso do Estado do Pará com o meio ambiente”, detalha o secretário.
Além das placas fotovoltaicas e do sistema de coleta de água da chuva, o Novo Mangueirão terá usina de esgoto e tratamento de fluentes e toda água utilizada será tratada e devolvida ao meio ambiente, o que vai possibilitar que o estádio garanta certificados de sustentabilidade.
Outras iniciativas – Além do Novo Mangueirão, o Governo do Estado contra com outros prédios sustentáveis. A Policlínica Metropolitana, em Belém, realiza a captação de 70 mil litros de água da chuva por mês. O objetivo é diminuir a utilização de água tratada para usos que não envolvam o consumo direto, como a limpeza do prédio e a irrigação do jardim.
O sistema de captação da água das chuvas está em uso desde janeiro de 2020. Ainda na mesma unidade, há a tecnologia de produção de energia solar, por meio de 502 placas fotovoltaicas, instaladas em fevereiro de 2020, que permitem redução dos custos de energia elétrica em 40%.
Já o Centro de Controle Operacional (CCO) do BRT Metropolitano, localizado na Avenida Augusto Montenegro, em Belém, está sendo erguido com critérios de sustentabilidade adotados desde o início do projeto, com vistas à obtenção da renomada certificação LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental), fornecida pelo GBC Brasil (Green Building Council Brasil). Os resíduos sólidos da construção, por exemplo, receberam atenção para não escoar no sistema de drenagem da cidade. A estrutura também estará preparada para realizar reaproveitamento da água pluvial e geração de energia fotovoltaica. O Governo do Estado estima uma economia, em média, de R$ 200 mil por ano no consumo de energia elétrica no prédio.