17/02/2023 08h55 | Atualizado em 17/02/2023 08h56 Por ASCOM
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) soltou 165 quelônios, entre jabutis, peremas, tartarugas-da-amazônia, muçuã e tracajás, no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, na quarta-feira (15). A Semas teve a parceria do Parque Mangal das Garças e da Secretaria de Meio Ambiente do Município de Abaetetuba (Semeia).
Do município de Abaetetuba, no nordeste paraense, foram transportados quatro jabutis-tinga, um jabuti-machado, seis jabutis-piranga, sete peremas, um muçuã, uma tartaruga-da-amazônia e um cágado-da-poça, resultado de entregas voluntárias, apreensão e resgates em cativeiros. A reintegração desses animais na natureza é mais uma etapa da ação conjunta da Semeia com o Instituto Federal do Pará (IFPA), por meio do Projeto Pró-Perema, que mantém local apropriado para a permanência dos animais recuperados.
A médica veterinária Mayra Abreu, da Secretaria de Meio Ambiente de Abaetetuba, informou que os animais terrestres – jabutis – viajaram acondicionados em caixas d’água vazias, enquanto as peremas, tartarugas-da-amazônia e outros animais aquáticos em basquetas (caixas plásticas) com água.
“Abaetetuba é do interior, onde as pessoas têm o costume de se alimentar desses animais e terem criação irregular de quelônios e outros bichos, como papagaios, quatis, macacos e passeriformes. Essas pessoas não conhecem as técnicas corretas de manutenção, alimentação e do recinto adequado, e acabam prejudicando a vida desses animais”, ressaltou a veterinária.
O transporte terrestre dos quelônios entre Abaetetuba e Belém também foi acompanhado pelo estudante estagiário de Biologia Ângelo Júnior, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), e pelo estudante técnico de Meio Ambiente, Esley Cardoso, do IFPA, ambos do Projeto Pró-Perema.
Ambiente adequado – “O Mangal das Garças trouxe para devolução à natureza 140 tartarugas-da-amazônia, três tracajás e uma perema. O Mangal faz a reprodução dos quelônios, principalmente as tartarugas, dentro das técnicas. Protegemos
em ambiente adequado e dos predadores, como as iguanas. A Semas determina o local da soltura, e essa parceria é de suma importância para a proteção desses animais na natureza”, disse o biólogo do Mangal das Garças, Basílio Guerreiro.
Foto: Ascom/SemasHugo Dias, engenheiro ambiental da Semas, explicou que a Gerência de Fauna e Recursos Pesqueiros (Gefau) trabalha na proteção dos animais. “Nesse caso especial, o Mangal entra em contato com a Semas e determinamos o melhor local para reintrodução na natureza, onde vão melhor se adaptar. Para o bem-estar do animal, o mais distante possível das populações, das pessoas. É gratificante ver que o animal vai seguir a vida dele”, declarou o engenheiro ambiental.