23/01/2023 09h39 Por ASCOM
É o terceiro ecoponto instalado pelo governo do Estado, em parceria com o Instituto Alachaster, sendo o primeiro em uma Usina da Paz
A instalação de um ecoponto nas dependências da Usina da Paz Icuí- Guajará, no município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB), atraiu frequentadores e moradores do entorno da Usina, nesta sexta-feira (20). O espaço destinado ao recebimento de materiais recicláveis, como plásticos, metais, vidro e papel, é resultado de parceria entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Secretaria de Articulação e Cidadania (Seac) e Instituto Alachaster.
O objetivo é evitar o descarte indevido de resíduos no meio ambiente, promover geração de renda e esclarecer a população em relação ao destino correto de resíduos recicláveis. A Usina integra os equipamentos do Programa Território pela Paz (Terpaz).
Este é o terceiro ecoponto instalado por meio da parceria entre o governo do Estado e o Instituto, e o primeiro em uma Usipaz, que funcionará na terça e na quinta-feira, das 08 às 12 h. Os ecopontos têm estruturas semelhantes a contêineres, com 30 metros quadrados. Os dois primeiros ecopontos da RMB foram entregues no ano passado, durante a programação da Semana Mundial do Meio Ambiente, em junho. Um foi instalado no Parque Urbano Belém Porto Futuro, que funciona de terça a domingo, e também nos feriados, das 09 às 13 h, e das 15 às 19 h, e já arrecadou 22 toneladas de material reciclável. O outro está no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, aberto de sexta a domingo, e nos feriados, das 08 às 14 h, onde quase seis toneladas de recicláveis passaram pela Gravimetria.
Nesses espaços também são recebidos óleo de cozinha usado, materiais de escrita, esponjas de cozinha, sombrinhas, guarda-chuva e eletrônicos, além de outros materiais passíveis de reaproveitamento. A comunidade entrega os materiais nos ecopontos e recebe em troca mudas de plantas usadas em decorações de residências, biofertilizantes e sabão caseiro, produzidos de forma artesanal, entre outros produtos da reciclagem.
Local certo – Edna Valesca, moradora do Icuí-Guajará, destacou a importância do ecoponto para a comunidade. “A ideia da reciclagem, de trazer o lixo para o local certo, pra gente não jogar no meio ambiente, é muito importante. Eu tenho certeza que daqui o lixo vai para local certo. Estou muito feliz com o ecoponto, porque aqui no bairro do Icuí precisa muito dessa conscientização que a Usina já está dando”, disse Edna, que junto com outros moradores participa de iniciativas promovidas pela Semas na UsiPaz. “Eu descobri que aqui ia ter um ecoponto no curso que fiz de reaproveitamento de resíduos”, informou.
Desde 2019, a Semas já promoveu várias atividades ambientais em escolas e associações do bairro do Icuí – além das ações na Usipaz -, ministrando oficina de reaproveitamento de resíduos domésticos e geração de renda, de produção de sabão caseiro a partir da reciclagem de óleo de cozinha usado; criação de ecobijuterias, com reutilização de materiais que seriam descartados de maneira inadequada no meio ambiente; produção de adubos, reaproveitando cascas de frutas, talos de verduras e outras sobras de materiais orgânicos, e formação de agentes ambientais, além de ensinamento de construção de coletores seletivos para moradores.
Outras Usinas da Paz, em Belém e Marituba, também na RMB, e do interior do Estado, também recebem essas oficinas e outras capacitações sobre temas ambientais.
Capacitação – O secretário adjunto de Regularidade Ambiental, e titular da Semas em exercício, Rodolpho Zahluth Bastos, disse que o ecoponto Icuí-Guajará vai abranger a região de Ananindeua, e que nesse momento inicial o material será reaproveitado e destinado à capacitação da comunidade, para que desenvolva com a reciclagem uma economia própria a partir do resíduo descartado.
“Temos uma programação em todas as Usinas da Paz, capacitação em educação ambiental, em economia doméstica e diversas atividades. A gente fica feliz pelo primeiro ecoponto instalado na UsiPaz, porque é um ponto de referência, um ponto que traz cidadania para Ananindeua em geral, e tem esse elemento de criar uma cultura de reciclagem e recondicionamento de materiais, que em vez de serem descartados na natureza possam ser descartados aqui no ecoponto, e estabelecer uma nova lógica de economia circular e favorecer a comunidade, tanto do ponto de vista econômico e social, como também ambiental”, reiterou Rodolpho Bastos.
Soraya Costa, empreendedora social do Instituto Alachaster, explicou que o ecoponto recebe alguns materiais que não são recicláveis com facilidade, como é o caso de tecidos e do óleo de cozinha usado, utilizado na fabricação de sabão. “Esses materiais serão encaminhados à Usina da Paz para serem utilizados nas oficinas de reaproveitamento de tecidos e de óleo de cozinha usado, oferecidas para a comunidade. A gente faz o ciclo da economia circular com educação ambiental, oportunidades de trabalho e renda. Tudo junto para que a gente feche esse ciclo da sustentabilidade”, frisou Soraya.