Semas leva educação ambiental e geração de renda para moradoras do Jurunas e da Cabanagem

16/12/2022 19h42 | Atualizado em 16/12/2022 20h57 Por ASCOM

Semas leva educação ambiental e geração de renda para moradoras do Jurunas e da Cabanagem

Novos caminhos que se abrem para o meio ambiente e para as suas vidas. É assim que moradoras dos bairros do Jurunas e da Cabanagem, em Belém, definem os cursos promovidos pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) nas Usinas da Paz destes bairros. Desde a segunda-feira, 12, até esta sexta,16, dez mulheres do Jurunas aprenderam técnicas para reaproveitamento de resíduos domésticos e de produção de coletores, de fabricação do sabão caseiro a partir do reaproveitamento do óleo de cozinha, e de compostagem, e, que aprendem a produzir composteiras. Já as alunas da Cabanagem aprenderam a fabricar eco bijuterias, produzidas a partir de papel reciclado.

Na Usina da Paz da Cabanagem, em Belém, uma turma composta por dez mulheres participou da oficina de produção de eco bijuterias a partir de resíduos recicláveis. A atividade ensinou as participantes a fazer colares, pulseiras, brincos, anéis, entre outros adereços. Além de sua função ambiental, ao reaproveitar materiais que seriam descartados no meio ambiente, a oficina também estimula a geração de renda, já que as participantes podem comercializar sua produção. A construção artesanal das peças é feita a partir do reaproveitamento de resíduos sólidos, principalmente papel e papelão de embalagens de produtos.

“Depois dessa oficina, eu vou tentar empreender com produtos orgânicos, vou fazer compostagem, eu quero trabalhar com isso, empreender com isso. Eu já faço compostagem em casa, eu só não sabia como administrar, vender, e como expandir o negócio. Para mim vai ser uma boa alternativa de geração de renda, porque eu já planto ervas, plantas ornamentais, eu já tenho babosa, tenho boldo, tenho hortelã da folha grossa, que é bom pro pulmão, tenho a folha do algodão, que é bom pras vias respiratórias. E eu quero viver, quero trabalhar com isso. E a compostagem que eu aprendi a fazer aqui vou usar nas minhas plantas. E esse conhecimento a agente acaba levando pra nossa comunidade, porque é para ajudar o meio ambiente e a saúde das pessoas”, disse Mara do Socorro dos Anjos Furtado, moradora do Jurunas.

Além da educação ambiental, as participantes aprendem a colocar em prática os conhecimentos adquiridos através de capacitação oferecida pelo “Ela Pode”, uma metodologia vinculada ao Instituto Rede Mulher Empreendedora, executada no estado através de parceria entre Fadesp (Fundação Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa) e Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet).

Jana Borghi, uma das multiplicadoras do Ela Pode na região Norte, disse que a parceria com a Semas pode fortalecer uma rede de proteção entre as mulheres participantes  e desenvolver autonomia financeira. “Essa parceria está sendo muito produtiva, muito interessante, porque são mulheres que já estão ativadas na questão da sustentabilidade estão em busca de renda ou de complementação de sua renda atual, algumas estão desempregadas ou são mulheres que tiveram filho recentemente e estão em busca de uma recolocação profissional após o nascimento da criança. A gente percebe que com esta parceria a gente consegue, após o curso de resíduos sólidos, trazer alguma informação sobre empreendedorismo feminino”, afirmou.

Erika Paula dos Santos Lopes, de 37 anos, moradora do bairro do Jurunas, concorda com Borghi. “Eu estou desempregada atualmente, mas essa oportunidade trouxe um aprendizado a mais, para melhorar o meu currículo. O primeiro curso que eu fiz foi de agente ambiental e o segundo foi este de reaproveitamento de resíduos. E é muito importante pra nós, pro bairro, pra comunidade em geral, repassar o que a equipe da Semas trouxe pra gente. Então, eu me sinto muito satisfeita por isso Tem muitas pessoas desempregadas, mas com este curso, até mesmo eu já penso em montar meu próprio negócio com a aula de empreendedorismo” , disse Erika.

Segundo Andreia Monteiro, coordenadora de Educação Ambiental da Semas, a oficina diminui o descarte irregular de resíduos no meio ambiente e contribui com geração de renda, por intermédio da comercialização das ecobijuterias. “A maioria dos participantes das atividades que a Semas desenvolve nos Territórios da Região Metropolitana de Belém é geralmente formada pelo público feminino. A partir do momento em que elas participam destas oficinas, elas passam a ter uma compreensão a respeito do descarte correto dos resíduos e passam a ter até uma fonte de renda”. A coordenadora revela também que as participantes também encaram as oficinas como verdadeiras terapias. “Além disso, muitos  participantes relatam que encaram as oficinas como verdadeiras terapias. Alguns afirmam que estavam em processo de ansiedade e depressão, mas a partir do momento em que passaram a participar das oficinas, as suas vidas passaram a ter outro sentido”, conclui.

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