30/11/2022 16h50 | Atualizado em 30/11/2022 16h55 Por ASCOM
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará promove feirinhas no Marco e em Nazaré, para incentivar as vendas de produtores rurais
Cartões de crédito e débito, pix e dinheiro, em espécie, foram as formas de pagamento utilizadas pelos fregueses na aquisição de perfumes, aromas, sabonetes, folhagens e cosméticos, produtos também ofertados, nesta quarta-feira (30), na penúltima Feira da Agricultura Familiar, da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), no bairro do Marco, em Belém. A comercialização direta por produtores rurais, também, foi feita, na terça-feira (29), no prédio da Semas , na avenida Magalhães Barata, em frente ao colégio Gentil Bittencourt.
O evento, desta quarta-feira, contou com a participação de produtores dos municípios de São Francisco do Pará, Mãe do Rio, Santa Isabel do Pará e Bragança, do nordeste paraense, e de outros municípios da Região Metropolitana de Belém. Os agricultores familiares ainda trouxeram para venda produtos agroecológicos – sem utilização de agrotóxicos -, como o mel, frutas, hortaliças, legumes, laticínios e pescados.
A Coordenadoria de Educação Ambiental (Ceam), da Semas, coordena essa atuação para a valorização da produção familiar rural, que é integrante do Programa de Educação Ambiental da Agricultura Familiar (Peaaf), do governo do Estado do Pará, que estimula a produção rural sustentável e hábitos alimentares saudáveis entre a população do Estado.
“Nessa penúltima feira de 2022, continuamos com a parceria com o Instituto Alachaster, que recolhe materiais recicláveis, coletados pelo setor de Sustentabilidade, da Semas, em permuta com resíduos sólidos – metais, pets, papel e óleo de cozinha já usado -, por mudas de plantas decorativas e medicinais e também por biofertilizantes produzidos no equipamento biodigestor da Semas”, explica a pedagoga da Ceam, da Semas, Izabele Carvalho, integrante da equipe organizadora da Feira.
A produtora familiar, Valéria Araújo, da empresa Raízes, de Belém do Pará, disse que atua na fabricação de compostos medicinais, como andiroba com mel e copaíba, mel com alho e gengibre, e molhos de pimentas artesanais: molho de tucupi cremoso com ervas e molho de pimenta malagueta. “A venda na feira tem sido positiva em todas que eu participei, desde o início do ano. A forma mais comum de pagamento tem sido por meio do Pix, depois vem os cartões de crédito e débito e dinheiro em espécie, mais rara atualmente”, informa.
Do município de Santa Isabel do Pará, o produtor rural, Adilson dos Santos, da comunidade quilombola de Boa Vista do Itá, falou que produz mamão, manga, mangostão, acerola, pupunha, banana, com assistência técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e apoio logístico, de transporte dos produtos, da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap). “Pelo fato de a gente produzir e vender direto pro cliente é muito prazeroso e lucrativo. A gente sair do atravessador é totalmente diferente, porque não divide o lucro e sai mais em conta pro cliente”.
Os moradores do bairro do Marco, Arnaldo Azevedo e Patrícia Azevedo, compraram no local pela primeira vez e ficaram sabendo da feira pela internet. “Compramos peixes e verduras. Gostamos dos valores e dos produtos oferecidos pelos produtores de Bragança e de Mãe do Rio”.
Vitória Elesbão, da empresa Filé do Mangue, do município de Bragança, informou que adquire o peixe, caranguejo, camarão e pirarucu dos pescadores do município. “Fazemos a limpeza, embalamos e outras necessidades dos produtos. No geral, a venda tem sido favorável, o cliente acha acessível e para nós, vendedores, o feedback, o retorno é bom”, calcula.
A próxima feira a ser realizada na frente da sede da Semas, na travessa Lomas Valentinas, no bairro do Marco, em Belém, está programada para o dia 16 de dezembro, uma sexta-feira. No outro prédio, Casa Vicente de Paula, na avenida Magalhães Barata, em frente ao Colégio Gentil Bittencourt, a programação indica o dia 15 de dezembro.