Feira da Agricultura Familiar promove hábitos alimentares saudáveis e geração de renda

31/10/2022 11h20 Por ASCOM

Feira da Agricultura Familiar promove hábitos alimentares saudáveis e geração de renda

Com apoio do Instituto Alachaster, a feira é uma promoção da Coordenadoria de Educação Ambiental da Semas

O apoio à venda e ao consumo de alimentos agroecológicos semeados por produtores rurais familiares, para geração de renda, é o principal objetivo da 8ª Feira da Agricultura Familiar realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), em frente à sede da Secretaria, nesta sexta-feira (28). Agricultores dos municípios de Santa Izabel do Pará, Mãe do Rio, Santa Maria do Pará, Bragança e São Francisco do Pará, todos no nordeste paraense, e produtores de Belém ofertaram seus produtos na feira.
Na quinta-feira (27), os feirantes produtores montaram, pela segunda vez em 2022, a estrutura na Casa Vicente de Paula, da Semas, também com apoio do Instituto Alachaster. A feira é uma promoção da Coordenadoria de Educação Ambiental (Ceam), da Semas, e visa ao fomento da produção rural familiar de alimentos sem utilização de pesticidas, para estímulo a práticas saudáveis na alimentação da população e à arrecadação dos agricultores. A iniciativa faz parte do Programa de Educação Ambiental para a Agricultura Familiar (Peaaf), do Governo do Pará.
A gerente de Programas e Projetos de Educação Ambiental, da Semas, Edira Vidal, disse que a feira incentiva a divulgação dos produtos agrícolas. “A geração de renda com a venda de alimentos agroecológicos, e a divulgação dos hábitos alimentares saudáveis, direcionada aos servidores da Secretaria e à comunidade vizinha da Semas, tem trazido bons resultados para todos os participantes”, informou.Foto: Ascom/Semas
O casal Charles Costa e Jeovana Costa esteve pela primeira vez na feira. Eles produzem e expõem lacticínios produzidos na fazenda Santa Rita, incluindo iogurte de cupuaçu, abacaxi, milho verde e morango; manteiga, queijo curado e coalhada. “O leite é matéria-prima produzida na própria fazenda. Temos as máquinas de ordenha, os vasilhames para coleta e a queijeira, aliados aos métodos de preparo, que incluem o coagulante na produção do queijo. O custo com as vacas leiteiras envolve alimentos à base de cevada e cuidados com as vacinas”, explicaram os produtores.
Produtos naturais – A agricultora Alice do Carmo, da comunidade remanescente de quilombo Boa Vista do Itá, no município de Santa Izabel do Pará, ofereceu em sua banca frutas, como banana, pupunha, goiaba, manga rosa, abacate, mamão, maracujá e batata doce. “É a segunda vez que participo. Nas outras vezes os meus pais vieram. Hoje, a venda está razoável. Nossos produtos são semeados de forma natural, sem agrotóxicos. O transporte de nossas frutas até aqui, e a nossa volta, recebe o apoio do governo do Estado, que fornece a gasolina”, informou a produtora.
O setor de Sustentabilidade da Semas estava fazendo a troca de materiais recicláveis por mudas de plantas decorativas e medicinais, e ainda por biofertilizantes líquidos produzidos pelo biodigestor instalado na Secretaria. Neste trabalho são utilizados resíduos orgânicos, como borra de café, cascas de frutas, talos de verduras e sobras de alimentos, coletados entre os servidores na copa do órgão, no refeitório e no restaurante.
O Instituto Alachaster atuou reunindo o material reciclável arrecadado e contabilizou cerca de 70 quilos de resíduos, entre plástico, papel, vidro, metal, eletrônico, livros e outros materiais permutados. “Todo esse material vai para a triagem, e depois será industrializado”, resumiu a integrante do Instituto, Lidiele Dutra.
UsiPaz – Integrantes das Usinas da Paz (UsiPaz) dos territórios da Cabanagem (em Belém) e do Icuí-Guajará (no município de Ananindeua) participaram da Feira do Agricultor, com apresentação de produtos fabricados a partir do aprendizado conquistado em oficinas ministradas pela Semas nesses bairros da Região Metropolitana de Belém.
Na banca de produtos da UsiPaz da Cabanagem, a dona de casa Solange Reis demonstrou o sabão artesanal, líquido e sólido, resultado do aprendizado nas oficinas promovidas pela Semas sobre o reaproveitamento de resíduos domésticos e geração de renda, com a transformação do óleo de cozinha em sabão caseiro.

Eco-bijuterias – Moradoras do bairro do Icuí-Guajará, a estudante Paula Vitória e sua mãe, Adaleide, mostravam as ecobijuterias criadas com utilização de papel que seria descartado inadequadamente no meio ambiente, e de outros produtos reciclados. “Esse material usado de forma correta gera renda pra nós. Aprendemos nas oficinas de ecobijuterias realizadas pela Semas. As pulseiras custam R$ 2,00 e os colares, R$ 5,00. As vendas têm sido muito boas. É a segunda vez que estamos participando”, informaram mãe e filha.

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