22/09/2022 16h22 | Atualizado em 05/10/2022 16h24 Por ASCOM
Neste domingo (18), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) participou da Semana do Clima de Nova York (NY Climate Week). O evento anual funciona como uma pré-Conferência do Clima da ONU, e é um ambiente de negociações e ampliação de parcerias na área de Clima e Desenvolvimento.
O Pará foi convidado pelo Escritório da UN-SDSN de Nova York, e participou do painel “Ecossistemas e Soluções Baseadas na Natureza”, representado pelo secretário de meio ambiente do Pará, Mauro O’de Almeida. De modo virtual, no mesmo painel do titular da Semas estavam Cristian Samper, do Fundo Bezos para a Terra; Basile von Havre, da Convenção da Diversidade Biológica da ONU; Inger Andersen, diretora-Executiva do PNUMA/ONU).
Também, Carlos Nobre, do Painel Científico para a Amazônia – SPA; e Virgilio Viana, da Fundação Amazônia Sustentável – FAS. A UN-SDSN ou Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (tradução do inglês Sustainable Development Solutions Network, SDSN) foi criada em 2012 trabalha em estreita colaboração com agências das Nações Unidas, instituições financeiras multilaterais, setor privado e sociedade civil.
A UN-SDSN funciona como um conselho científico e de influenciadores globais para questões de Desenvolvimento Sustentável, vinculada à ONU, é sediada na Universidade de Columbia (EUA), e é presidida pelo professor Jeffrey Sachs, uma das referências mundiais para o conceito de sustentabilidade.
A sessão deste domingo na Semana do Clima de Nova York foi moderada pela vice-presidente da Rede de Soluções pelo Desenvolvimento Sustentável, da ONU (UN-SDSN), Emma Torres. O secretário Mauro O’de Almeida pontuou desafios importantes para que o Pará desenvolver as chamadas “Soluções Baseadas na Natureza” (Nature-based solutions).
O titular da Semas também enfatizou avanços em curso. “Não podemos tratar o desmatamento e a pobreza como elementos separados, por exemplo, do aumento da criminalidade em grande parte dos pouco mais de 800 municípios existentes na Amazônia. Por isso, para além de esforços ostensivos de fiscalização, o Pará será o primeiro estado do Brasil a lançar um Plano Estadual de Bioeconomia, com as linhas de ação capazes de incentivar um modelo de desenvolvimento, que valorize fundamentalmente as pessoas a partir dos ativos ambientais”, afirmou.
Na mesma direção do que pontuou o representante do Pará, o presidente da Fundação Amazônia Sustentável, Virgílio Viana, reforçou a necessidade de ações voltadas para a dimensão social do conceito de sustentabilidade. “Uma floresta de eucalipto por si só sequestra muito carbono. No entanto, isto colabora para o clima, mas não resolve a questão social. Então temos que ter aqui uma abordagem de sustentabilidade em que as pessoas são o centro”, afirmou.