A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) participou entre os últimos dias 22 a 24, no município de Bragança, nordeste do estado, de evento que debateu desenvolvimento sustentável com base no ecoturismo. O seminário “Ecoturismo como ferramenta de conservação dos manguezais” também teve participação de representantes da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Associação Rare do Brasil, de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), do Instituto Federal do Pará (IFPA), da Rede Brasileira de Trilhas, além de empreendedores locais e grupos de ciclismo.

Segundo Júlio Meyer, servidor da Semas que integrou o evento, a parceria da secretaria com UFPA Bragança, Rare Brasil e Rede Brasileira de Trilhas foi fundamental para o evento. “Foi um debate muito produtivo sobre como o ecoturismo pode ser uma estratégia importante de conservação da natureza. Pois, ao promover o contato das pessoas com a natureza, promovemos a sua valorização e assim temos maior chance de manter a floresta em pé. Foi um diálogo aberto e muito produtivo com atores importantes para a conservação e o turismo. Alinhando agendas e nivelando o entendimento sobre o tema e seus benefícios. Administração pública em suas diferentes esferas, academia, empreendedores e sociedade civil juntos, em um debate super qualificado em Bragança”, afirmou Meyer.

O evento foi aberto na sexta-feira, 22, com palestra proferida pela professora doutora Moira Menezes, diretora do Instituto de Estudos Costeiros da UFPA/Bragança). Em seguida, Maura Souza, do Rare Brasil, mediou o debate “Conectividade da Faixa de Manguezais no Pará”, que teve como participantes Denis Domingues, do ICMBio, que abordou o tema “Resex Marinhas: contribuições para a gestão socioambiental da Costa Amazônica”; prof. dr. Marcus Fernandes, da UFPA, que falou sobre o tema “Reflorestamento como instrumento de manutenção da conectividade em áreas de manguezal”, e Artur Corrêa, da Semas, que falou sobre o papel do gerenciamento costeiro na conservação dos manguezais no estado do Pará.

Outro debate abordou o tema “Turismo em Base Comunitária” e teve como mediador Júlio Meyer (Semas PA), com participação de Abel Pojo, da IFPA, que explanou sobre Princípios e Diretrizes para o Turismo de Base Comunitária. Maryllin Oliveira, representante do restaurante Kiall, mediou debate que abordou a responsabilidade dos empreendimentos locais para a conservação ambiental.

No sábado, 23, o evento teve mediação de Abel Pojo, Augusto Corrêa e Maryllin Oliveira, do Restaurante Kiall. Os temas debatidos foram “Cicloturismo como instrumento de desenvolvimento sustentável”, “A experiência da Trilha dos Camutás na valorização da natureza e cultura bragantina”, “A Trilha da União e o meio ambiente”; “Um olhar sobre a rede de trilhas da região bragantina.”

Outro ciclo de debates teve como temas “A importância da sociobiodiversidade como gerador de renda local”, “A importância da sociobiodiversidade local para geração de renda no município de Bragança”, “O papel da cultura no desenvolvimento de Bragança”, “Conhecer para preservar” e “A valorização da cultura alimentar e conservação dos manguezais amazônicos”, com mediação de Leticia Freitas e participação de Danilo Gardunho, da Secretaria de Meio Ambiente e Aquicultura e Pesca de Bragança; Vinícius Reis de Oliveira, da Secretaria de Turismo de Bragança; Zeca Rocha, representante da Associação de usuários da Resex Marinha Caeté-Taperaçu (Assuremacata); e Maria Edite Ribeiro, guardiã do conhecimento de cultura alimentar local.

No domingo, 24, o evento promoveu o passeio turístico “Pedalada na Trilha Amazônia Atlântica”, em parceria com o grupo de ciclismo Cambitos do Pedal. A trilha teve percurso de 60 quilômetros, desde o largo de São Benedito até a praia de Perimirim.