21/07/2022 17h43 | Atualizado em 05/10/2022 12h01 Por ASCOM
História de jabutis viralizou nesta quinta-feira antes de ganharem um novo lar
A história que viralizou nesta quinta-feira, 21, terminou com final feliz e com retorno para casa. Isso porque um motorista de táxi estava trabalhando na companhia de três jabutis, que criava desde pequenos, e tinha a intenção de entregar para uma instituição que os devolvesse à natureza. O fato ganhou repercussão quando um usuário do serviço narrou em seu perfil na rede social que estranhou o odor dentro do veículo e questionou o condutor. Para a sua surpresa, além de levar os jabutis no porta-malas, o motorista Nazareno Melo Duarte, disse que queria dar um outro lar para os jabutis porque “segundo diz a lenda, quem tem jabuti em casa, a filha não casa”, brincou o motorista.
Os jabutis então foram levados na tarde desta quinta-feira, 21, até à Diretoria de Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), onde foram recebidos de forma voluntária e entregues de volta à natureza. A nova casa fica em um espaço dentro do Parque Estadual do Utinga. “Por lei, faz parte da competência da Semas receber os animais silvestres e recuperar sua integridade física até o retorno ao habitat natural. Assim como os jabutis recém-chegados, a Difisc recebeu, somente neste primeiro semestre, mais de 200 animais silvestres que foram entregues por pessoas físicas e também resgatados de situações de cativeiros pelo Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) mediante denúncias e pedidos de resgate”, afirma o coordenador de fiscalização da Semas, Tobias Brancher.
Nazareno agora diz estar mais aliviado. “Eu acompanhava eles desde que estavam dentro do ovo. Fiz um canteiro para eles, mas eles ficaram grandes, chegaram até a fugir de lá (do canteiro), então resolvi ir atrás de um outro local para que eles pudessem viver. Eu tô muito satisfeito, muito feliz por saber que agora eles têm um lar, que é natural deles, para viver. Não tenho remorso algum. Quando se tem um animal que não é doméstico, é o melhor a se fazer”, contou Nazareno.
A Semas envia os animais silvestres recebidos à instituições parceiras, como a Universidade Rural da Amazônia (Ufra) e Universidade Federal do Pará (UFPA), para avaliação veterinária. Após essa etapa é decidido o destino do animal, se estiver saudável e apto para viver em natureza, a alternativa é reintroduzi-lo em seu habitat natural. Caso contrário, é encaminhado para mantenedores parceiros da Secretaria, como Mangal das Garças, Bosque Rodrigues Alves, Museu Emílio Goeldi, entre outros. Quando se trata de animais ameaçados de extinção, a Semas entra em contato com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela proteção dessas espécies.
Serviço – A entrega de animais silvestres pode ser feita na unidade da Semas localizada na avenida João Paulo II, nº 717, Curió Utinga-Belém, de segunda até sexta-feira, de 8h às 12h. É preciso apresentar documento de identificação com foto, comprovante de residência e ser maior de idade.
Denuncie – Denúncias sobre criação de animal silvestre em cativeiro, maus tratos, caça e pesca ilegal podem ser feitas aos órgãos de segurança pública pelo telefone 181 ou pelo WhatsApp (91) 98115-9181. O sigilo e o anonimato são garantidos. Já os pedidos de resgates de animais devem ser realizados por meio de denúncias ao Centro Integrado de Operações (CIOP), pelo telefone 190.