12/07/2022 17h22 | Atualizado em 04/10/2022 17h23 Por ASCOM
Opções como ecobags, copos reutilizáveis ou biodegradáveis são algumas opções para reduzir impactos ambientais na natureza
O mês de julho é marcado pelas férias escolares, período em que os balneários paraenses são muito frequentados por pessoas. Consequentemente, ocorre aumento da poluição sonora e da poluição das paisagens naturais, o que pode resultar em danos à biodiversidade local. A Secretaria de Estado de
Meio Ambiente (Semas), alerta a população sobre a presença desordenada em ambientes naturais, como as praias do Atalaia, em Salinópolis e Algodoal, pertencente ao município de Maracanã, por exemplo.
Muitas vezes despercebida, a poluição sonora ocorre quando o volume de sons está acima do nível de decibéis estabelecido por lei, o que pode causar estresse, perda auditiva, déficit cognitivo e distúrbios no sono, prejudicando a saúde de seres vivos.
Outra questão preocupante é a compactação do solo arenoso, que pode ser observado em períodos onde a frequência de pessoas nas praias é maior. Ocorre devido ao aumento do tráfego de veículos nas faixas de areia de praias, o que compromete o habitat de espécies importantes para o equilíbrio do ecossistema.
Entre os problemas agravados neste período de férias escolares também está o descarte irregular de resíduos, que causa danos ambientais ao ecossistema. Uma das consequências mais preocupantes é a poluição por microplástico, ou seja, o plástico que não se decompõe totalmente e quebra-se em micropartículas. Pode contaminar a vida marinha e a humana.
Segundo Andreia Monteiro, coordenadora de educação ambiental, o ideal é que as pessoas evitem o consumo de plásticos de uso único. “O copo descartável e a sacola plástica branca, são usados, descartados e vão parar no rio ou oceano. O animal marinho vai comer o microplástico e as pessoas provavelmente vão se alimentar daquele peixe, aí pode gerar doenças e sobrecarregar o sistema de saúde. Tudo está interligado nas questões ambientais, desde um animal marinho à vida na terra”, alerta a coordenadora.
Uma alternativa para evitar o uso de plástico descartável, é utilizar utensílios duráveis ou biodegradáveis. É possível substituir o plástico de uso único por utensílios feitos de fontes renováveis (soja, amido de arroz). Outra opção encontrada no mercado é canudos de aço, assim como escova de dente de bambu. Recolher o resíduo produzido também é uma atitude que evita a poluição das praias. “É aconselhável ter uma sacola consigo para guardar o que precisa ser descartado e fazer isso corretamente”, concluiu Andrea Monteiro.