23/06/2022 09h15 | Atualizado em 03/10/2022 11h54 Por ASCOM
Moradoras do bairro do Jurunas participaram da oficina para produção de eco bijuterias promovida pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), na última quarta-feira (22), no espaço Gueto Hub, em Belém. O artesanato é produzido a partir de material reciclável, principalmente papel de revistas, de embalagens de perfumes e sabonetes e demais produtos que seriam descartados inadequadamente no meio ambiente, e são a matéria-prima reaproveitada para criação de pulseiras, brincos e colares, que podem gerar renda e outros benefícios, como a preservação ambiental na comunidade.
A realização da oficina é liderada pela Coordenadoria de Educação Ambiental (Ceam) da Semas, dentro do Programa Territórios pela Paz (TerPaz), do Governo do Estado, que atende sete bairros de municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB), com ações de segurança e cidadania. Além do Jurunas são beneficiados, com as atividades socioeconômicas e ambientais, os territórios do Guamá, Terra Firme, Bengui e Cabanagem (Belém), Icuí-Guajará (Ananindeua) e Nova União (Marituba).
A manicure Ruth Aquino, que nasceu no bairro há 53 anos, disse que já fez cursos de artesanato em outras oportunidades, mas não perde uma chance dessas para aprender. “Quero aprender mais e levar para a vida, utilizar no meu dia a dia. Vi o cartaz oferecendo a oficina na frente do ‘Gueto’ e me interessei. Pretendo fazer bijuterias para ganhar renda”, calcula.
Cristiane Souza, dona de casa que trabalha com brechó, afirmou que quando viu o anúncio da oficina de eco bijuterias não imaginou que o material reciclável utilizado para fazer o artesanato fosse o papel. “Foi impactante, posso preservar o meio ambiente e ter uma fonte de renda. É muito fácil de fazer na prática e também passar esse conhecimento para outras pessoas. Primeiro, vou ensinar minha família”.
“Ficou linda minha pulseira, eu que fiz”, comemorou a dona de casa Rita Pinheiro, moradora há mais de 30 anos no Jurunas e disse que já procurava uma atividade que desse renda. “Essa produção artesanal, com certeza, vai dar resultado, sim. A matéria-prima é de fácil acesso. Vendo cosméticos e as embalagens que costumava jogar fora, agora, vou utilizar nos na criação dos produtos. Minhas irmãs vão aprender comigo e para minha sobrinha também vai servir como terapia, porque ela tem problema dermatológico, que melhora quando ela se controla com atividades, com calma”.
A bióloga da Ceam, da Semas, Mary Anne da Gama, explica que é fácil perceber a satisfação das participantes na oficina. “Elas demonstraram muito interesse em fazer uma produção própria e ter renda. Algumas ficaram admiradas da produção da oficina ser feita a partir do papel. Algumas já têm experiência com artesanato e vão incorporar mais essa técnica, que vão enriquecer o trabalho delas”.