22/06/2022 09h33 | Atualizado em 03/10/2022 11h55 Por ASCOM
Na capital paulista, a denúncia partiu de um motorista de caminhão, que declarou não ter sido comunicado que transportava a carga de animais silvestres – aves, serpentes e quelônios -, sem a necessária documentação ambiental. Algumas serpentes e todas as aves transportadas não resistiram e morreram. Retornaram a Belém seis jabutis machados ou cágados (Platemys platycephala), quatro jabutis tinga ou do pé amarelo (Chelonoides denticulatta) e uma serpente.
Ana Sílvia Ribeiro, professora da Ufra e responsável pelo Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cepas) da instituição, explicou que 11 animais silvestres chegaram de São Paulo, e sete estavam prontos para soltura na Unidade de Conservação. “A serpente não resistiu ao tratamento e morreu. Todos os outros chegaram magros, necessitando ganhar peso. Um dos jabutis tinga, do pé amarelo, que estava com pneumonia, já está bem ativo, pronto para a vida livre. Só três cágados vão continuar em recuperação no Cepas, aguardando outro momento para serem soltos”, informou a professora.
Soltura – A bióloga Augusta Lima, agente de fiscalização da Gerência de Fauna e Recursos Pesqueiros, da Semas, disse que “os animais foram soltos onde são liberados todos os animais recebidos pela Difisc, por entrega voluntária ou por outros órgãos ambientais, após triagens e recuperação física, em ambientes naturais, adequados às espécies”, explicou. Também participou da soltura dos animais o engenheiro agrônomo e agente de fiscalização, Ronald Costa.
A integrante da equipe da Semas, bióloga Jaqueline Almeida, disse que a Diretoria de Licenciamento Ambiental da Semas orientou a concessão da licença ambiental para a viagem dos animais silvestres da cidade de São Paulo até Belém. “A Gerência de Fauna, Flora e Recursos Pesqueiros emite licença ambiental para criadouros de animais silvestres para fins comerciais (jabutis); científicos (primatas para a Universidade Federal do Pará – UFPA; caititus para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa e serpentes), e ainda a mantenedores, para fins de conservação das espécies”, informou.
Serviço: As entregas voluntárias de animais silvestres podem ser feitas na Diretoria de Fiscalização (Difisc), no Parque Estadual do Utinga, na João Paulo II, das 09 às 12 h, de segunda a sexta-feira. As denúncias envolvendo situação de cativeiro, risco e maus-tratos devem ser encaminhadas à Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa), da Polícia Civil, e para o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), pelo número 190.