Reunião com a NASA busca reforçar monitoramento e fiscalização ambiental no Pará

15/06/2022 15h03 | Atualizado em 01/07/2022 10h02 Por ASCOM

Reunião com a NASA busca reforçar monitoramento e fiscalização ambiental no Pará

O fortalecimento do monitoramento e da fiscalização ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) esteve em foco na reunião promovida com a NASA (National Aeronautics and Space Administration – Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), com a intenção de incluir na cooperação existente com a instituição internacional, a utilização de novas ferramentas disponíveis e a busca de integração com outros órgãos participantes do Programa Servir Amazonia, no estado do Pará. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária também participou do encontro no Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam), em Belém, na segunda-feira (13).

As necessidades ambientais atuais do Estado apresentam o esforço no combate às emissões de efeito estufa, à geração de emprego e renda às comunidades e todo o apoio que os órgãos têm desenvolvido atualmente na área de atuação do Programa Servir Amazonia foram debatidas pelo titular da Semas, Mauro O’de Almeida; a integrante da Nasa, Nayara Pinto; o  pesquisador da Embrapa, Adriano Venturieri; a assessora da Semas; Andrea Coelho e a coordenadora do Cimam, Jackeline Viana.

A ecóloga em paisagens, integrante do Laboratório de Propulsão de Jatos da NASA, na Divisão de Radar, na cidade de Pasadena, condado de Los Angeles, Estados Unidos (EUA), bióloga e especialista em sensoriamento remoto, Nayara Pinto, explicou que o grupo Servir é bastante grande. “Faço parte do corpo técnico em um time de ciências aplicadas e tenho colaborado com a Embrapa no sentido de trabalhar com mapeamento de culturas perenes. Estou aqui para entender melhor as demandas dos nossos usuários do Servir Amazônia. O meu foco é mais técnico, quero conhecer os colegas daqui, que também trabalham com sensoriamento remoto, entender melhor como podemos colaborar e também aprender com eles”.

Segundo a assessora da Semas, Andréa Coelho, o objetivo da reunião é mostrar um dos projetos que estão dentro do Programa Servir Amazonia, onde a Semas também tem uma parceria. A Embrapa e a NASA estão trabalhando em um mapeamento automático de culturas perenes – dendê, cacau, açaí, citros e outros tipos de cultivo – para mostrar todo o potencial que hoje o Pará tem nessa área e testar metodologias, técnicas avançadas de mapeamento automatizado, com uso, principalmente, de radar e de imagens óticas.

“A ideia é a gente fazer uma interação entre os grupos, que estão trabalhando no Servir. Vieram compartilhar resultados e conversar com a Semas, verificar de que forma podemos, a partir da nossa participação também no Programa, de que forma a Semas pode se integrar a este grupo no intuito de promover capacitação para os técnicos da Semas no uso dessas ferramentas, como radar, e também a possibilidade de expandirmos para áreas que temos demandas – mapeamentos mais qualificados de áreas de manejos florestais. A partir de tecnologias que hoje a NASA dispõe, a gente pode, com certeza, melhorar o monitoramento das nossas áreas de planos de manejo, verificar nossas áreas de vegetação secundária, quanto à questão de biomassa, de carbono, na parte florestal no estado. Uma troca de informações através do Programa Servir Amazonia, com aliados na difusão de tecnologias, na capacitação dos servidores e sem o Estado gastar nada, qualificar o trabalho com redução de custos, sempre”, afirma a assessora.

Após a reunião, foi demonstrado à representante da NASA, como o Cimam trabalha no monitoramento do desmatamento, dos planos de manejo, Agenda Marron (licenciamento ambiental), áreas de mineração, Lista de desmatamento Ilegal, Cadastro Ambiental Rural, Plano Estadual Amazônia Agora, rastreabilidade do gado e outros monitoramentos, para entendimento da lógica do trabalho, que dispõe de grande número de tecnologia tanto da Semas, como uso de tecnologias de parceiros, caso do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade Federal de Minas gerais (UFMG), que têm qualificado o trabalho da Semas, no monitoramento e fiscalização estadual.

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