23/03/2022 13h37 | Atualizado em 23/03/2022 13h39 Por ASCOM
O dia 23 de março foi escolhido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) para destacar a importância dos alertas e da antecipação das informações meteorológicas, climáticas e hidrometeorológicas para a redução do risco de desastres.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), por meio da Secretaria Adjunta de Recursos Hídricos e Clima, é responsável pela apresentação dos dados meteorológicos internamente e ao público em geral. O setor atua na construção de políticas públicas voltadas para as agendas de mudanças climáticas, por meio do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA). O PEAA tem como objetivo central levar o Pará à neutralidade climática na área de “uso da terra e florestas” antes de 2036.
Saulo Carvalho é coordenador do Núcleo de Monitoramento Hidrometerológico da Semas. Foto: Ascom/Semas
“A meteorologia vai muito além do que informar e monitorar sobre previsão do tempo. É possível identificar eventos climatológicos e agir para que os seus efeitos sejam mitigados, a exemplo das enchentes. Além disso, hoje é possível ter acesso a várias plataformas on-line que fornecem dados para subsidiar os trabalhos”, afirmou Saulo Carvalho, coordenador do Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico da Semas.
Na agricultura, por exemplo, o sucesso ou fracasso de safras importantes dependem do conhecimento antecipado de como a temperatura e chuvas vão se comportar. No caso da navegação aérea, a decisão de interromper os pousos e decolagens por mau tempo depende do meteorologista.
O trabalho meteorológico também monitora focos de queimadas e atividades da área de hidrometeorologia. Estas duas últimas estão fortemente ligadas às condições atmosféricas. Ela atua também no auxílio de estudos relacionados à dispersão de poluentes, uma vez que estes são influenciados pela ação do vento, que é uma variável meteorológica.
Integração
A divulgação da ocorrência de chuvas associadas com marés altas e localização de focos de incêndios florestais também são serviços públicos direcionados ao bem-estar e segurança da população. A meteorologia pode atuar de modo preventivo no monitoramento de eventos extremos, fornecendo subsídios os que ajudem a Defesa Civil na tomada de decisões voltadas às cheias e estiagens.
Os avisos de tendência de aumento ou redução do volume das águas dos rios ajudam a Defesa Civil a uma melhor gestão do tempo, das pessoas e de recursos financeiros.
“As informações utilizadas pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC) nas missões são oriundas de várias fontes, como por exemplo, INPE, SIPAM, ANA, CPTEC e SEMAS. Essas informações são coletadas, analisadas e relacionadas, para assim termos um diagnóstico de como está aquela região ou município”, afirmou Adriano Souza da Rocha, meteorologista da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).