21/03/2022 15h52 Por ASCOM
“Estamos aqui, no Parque do Utinga, mostrando aquilo que o Estado do Pará tem feito para combater o desmatamento ilegal, para garantir que a bioeconomia seja o novo vetor do desenvolvimento sustentável, compatibilizando a floresta em pé com as pessoas que moram na Amazônia”, destacou o governador, ao lembrar que as lideranças políticas devem se juntar ao esforço dos gestores públicos na busca por soluções econômicas sustentáveis.
O evento foi uma iniciativa do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (IDEFLOR-Bio), responsável pela gestão das unidades de conservação, em parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), e contou com exposições sobre a demonstração do solo; exibição de maquete da floresta em miriti, da fauna, sementes, viveiro e ciclo de produção de mudas; etapas de implantação do Projeto de Sistemas Agroflorestais (SAFs), usado na recuperação das áreas antropicamente alteradas (que sofreram intervenção do homem); apresentações do grupo de Carimbó Fruto do Pará, da Banda de Música da Polícia Militar do Pará, e passeio pela trilha.
O Dia Internacional das Florestas – 21 de Março – foi instituído em 1971 pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de chamar a atenção para a importância da conservação e preservação dos recursos naturais.
Plantio de mudas – O governador participou do plantio de mudas de espécies frutíferas e florestais da Amazônia, como virola, açaí e buriti. “O plantio é uma forma de sensibilizar o público para a importância de plantarmos mais árvores em nossa cidade, melhorando assim a arborização, e consequentemente a qualidade de vida da sociedade”, disse a presidente do IDEFLOR-Bio, Karla Bengtson.
No auditório do Parque do Utinga foi exibido um vídeo institucional sobre as belezas da área ambiental. O secretário Mauro O’de Almeida, apresentou as principais ações realizadas pelo Estado para preservar a floresta, reduzir de forma sustentada o desmatamento e propor medidas de bioeconomia. “Foi apresentada uma visão de tudo o que o Pará tem feito de 2019 pra cá, seja do ponto de vista da instituição, como leis, normas e decretos que instituíram a Política Estadual de Mudanças de Climas, Plano Estadual Amazônia Agora, Força Estadual de Combate ao Desmatamento e estratégias de bioeconomia, bem como um apanhado de como estamos diminuindo o desmatamento da Amazônia em área de jurisdição do Estado”, informou Mauro O’de Almeida, acrescentando que “em perspectiva futura estão o nosso Plano de Bioeconomia, Plano de Descarbonização do Estado, transformação para uma economia de baixo carbono e o fundo garantidor para o pequeno produtor que trabalhe com bioeconomia”, destacou.
Karla Bengtson reforçou o compromisso do Instituto com a preservação e conservação dos recursos naturais do Estado, ressaltando que o evento tinha o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a importância das florestas e o impacto direto de sua preservação na vida das pessoas. Ela disse ainda que o IDEFLOR-Bio exerce a gestão das florestas públicas visando à produção sustentável e à preservação da biodiversidade, incluindo entre suas funções a gestão da política estadual para produção e desenvolvimento da cadeia florestal e a execução das políticas de preservação, conservação e uso sustentável da biodiversidade.
A senadora Simone Tebet, presente ao evento, enfatizou que sai do Pará com a convicção de que “é preciso mostrar para o Brasil o que o Estado do Pará está fazendo. É a floresta em pé que vai garantir ao povo brasileiro o pão de cada dia, e o governador Helder Barbalho está fazendo com muita propriedade. Estamos em uma Unidade de Conservação que mostra que a preservação ambiental com sustentabilidade vai garantir colocar o Brasil no centro do mundo, em um momento em que o mundo discute a sobrevivência através do clima. Saio daqui com o compromisso de ser a quarta voz do Senado defendendo o Pará”.
Estratégia ambiental – Durante a exposição, técnicos do IDEFLOR-Bio demonstraram as quatro etapas de implantação do Projeto de Sistemas Agroflorestais, que compreendem estudo do potencial econômico e perfil socioeconômico da comunidade; capacitações, montagem e instalação do viveiro de produção de mudas; implantação dos sistemas agroflorestais e monitoramento e acompanhamento técnico.
Criado e coordenado pelo IDEFLOR-Bio, por meio da Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF), o Projeto de Sistemas Agroflorestais é uma estratégia do Estado que visa ao estabelecimento de medidas para a promoção efetiva da recuperação das áreas antropicamente alteradas em propriedades de agricultores familiares de municípios atendidos pelo Programa Territórios Sustentáveis (TS).
O diretor da DDF, Vicente Neto, enfatizou que a principal estratégia para recompor a vegetação é o plantio em Sistemas Agroflorestais, que reúnem as culturas anuais, frutíferas e essências florestais, com especial atenção às incluídas na lista de espécies ameaçadas de extinção.