Capacitação em educação ambiental atrai comunidades e técnicos municipais em Baião

16/03/2022 15h28 | Atualizado em 16/03/2022 15h29 Por ASCOM

Capacitação em educação ambiental atrai comunidades e técnicos municipais em Baião

Legislação ambiental, descarte adequado de resíduos sólidos e outras temáticas serão abordadas até a próxima sexta-feira (18)

Dentro do conteúdo que será apresentado até a próxima sexta-feira (18), pela Coordenadoria de Educação Ambiental (Ceam), estão os diferentes temas ligados às questões ambientais para que os participantes possam ter melhores condições na atuação em prol do meio ambiente: relações ecológicas, problemas ambientais, principalmente, locais e desenvolvimento sustentável, legislação ambiental, descarte adequado de resíduos sólidos e outras temáticas voltadas ao bom desempenho ambiental dos participantes. O foco é também a elaboração de planos de ações em busca das soluções ambientais e socioeconômicas levando em consideração as especificidades locais.

Ainda dentro da programação serão realizadas oficinas de fabricação de sabão, a partir do reaproveitamento de óleo de cozinha usado; produção de adubo, com métodos de compostagem, para utilização em jardins e outros ambientes, e ainda a criação artesanal de ecobijuterias, com uso de resíduos que iriam para o lixo, principalmente papel, como embalagens de sabonete, de perfumes, e outros produtos .

“Pela primeira vez estamos recebendo esse curso da Semas estadual e tem um fator importantíssimo de aprender para poder compartilhar nas comunidades, nas escolas, em todos os setores do município, para que a gente possa aumentar a gestão ambiental e qualificar as pessoas da Secretaria para multiplicar os conhecimentos”, afirma o secretário de Meio Ambiente de Baião, Silvestre Sales.

Qualificação

De acordo com a gerente de Articulação e Difusão da Educação Ambiental da Semas, a capacitação no município de Baião estava sendo muito esperada pelos participantes. As atividades práticas do curso de produção de sabão caseiro, compostagem doméstica e Eco Bijuterias estão sendo procuradas pelos técnicos das Secretarias de Meio Ambiente local e de Agricultura, Sindicatos, comunidades quilombolas e associação das Mulheres de Baião que trabalham com hortas.

Programação conta ainda com oficinas e cursos que têm como público-alvo a comunidade. Foto: Divulgação

“O curso vai contribuir com a aprendizagem significativa do ponto de vista da Educação Ambiental no espaço não formal de ensino. Com a capacitação, novos projetos locais podem surgir com intuito de mitigar os problemas do cotidiano, tais como reaproveitamento do óleo de cozinha, reaproveitamento do resíduo orgânico e reaproveitamento do papel”, avaliou o secretário de Meio Ambiente de Baião, Silvestre Sales.

Para a Rosana Braga, professora do município de Baião e presidente da União de Mulheres do Município de Baião, as iniciativas colaboram para o reaproveitamento de resíduos e com a preservação ambiental.

“O meio ambiente é onde nós vivemos e precisamos ajudar a salvar esse planeta. É muito importante participar de um curso desse porque o educador leva para sala de aula toda essa experiência e os alunos serão os reprodutores. Deixamos nossos lares para vir passar essa semana aqui com a Semas buscando aprendizado. Estamos felizes porque isso vai somar naquilo que a gente já tinha consciência. A Semas está de parabéns”, declarou.

O líder quilombola Sandoval Lameira fez a mobilização das pessoas da região, convidou territórios para participar da capacitação. “Proteger o meio ambiente deve ser um compromisso de todos os cidadãos, então, já trabalhamos essa discussão aqui nas comunidades quilombolas; os povos da floresta são os guardiões dessa natureza, que garante uma vida de qualidade para todos. É por isso que a gente acha muito importante ter a conscientização. Cuidar do meio ambiente é cuidar da saúde, cuidar de todos nós. Esse trabalho é de suma importância porque vai formar cidadãos mais conscientes, que vão aprender a reaproveitar o resíduo, que poderá ser comercializado e ajudará no sustento do lar, na renda complementar”, observa o quilombola.

Florência Ramos se interessou pela oficina de ecobijus e de compostagem porque utiliza produtos da floresta, então, acredita que os conhecimentos adquiridos na qualificação vão melhorar sua produção. “Temos um grupo de artesanato feito de coisas que tiramos da floresta, o Grupo Mulheres Artesãs, e temos um grupo que produz polpa de frutas, o Rainhas das Polpas. Fazemos artesanatos com a palha do açaizeiro, vassoura do açaí, cacho da abacabeira e da palha da árvore do tucumã”, finalizou.

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