O Espaço da Bioeconomia, montado desde terça-feira, 14 de dezembro, no 3º piso, do shopping Pátio Belém, com estandes de exposição e vendas de vários empreendedores da economia sustentável, permanecerá até 30 de dezembro, com apoio Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). A estratégia de fomento e investimentos em pequenos empreendimentos é resultado do Fórum Mundial de Bioeconomia, ocorrido em Belém, no mês de outubro.

Consumo consciente, em equilíbrio com o meio ambiente, em uma economia pautada na utilização de recursos de base biológica, recicláveis e renováveis é o objetivo da empresa MAOS – Mercado Amazônia, Orgânica e Sustentável -, que investe em biocosméticos, produtos de moda sustentáveis, com reciclagem de pneus, por exemplo, na produção de cintos; investimentos no cacau e castanha, na agrofloresta, entre outros.

A proprietária do MAOS, Nayana Ribeiro, explica que já esteve presente no Fórum Mundial de Bioeconomia, realizado na Estação das Docas, e agora aproveita a clientela de fim de ano no shopping. “A expectativa é superar os bons resultados obtidos no Fórum, não apenas financeiro, mas também de conscientização sobre cultura e biodiversidade. A floresta em pé nos dá o que precisamos.”

O Peabiru – Produtos da Amazônia, está voltado ao desenvolvimento socioambiental. A loja também participou do Fórum Mundial de Bioeconomia, com a mesma proposta de ser uma janela para a divulgação de produtos pensados a partir da sociobiodiversidade e produzidos por pequenos produtores. “Mel de abelha, chocolate em pó, farinha de mandioca e de tapioca, copaíba, geleia de frutas e outros produtos de áreas quilombolas, indígenas, ribeirinhas, que ajudam a conservar a floresta e devem ser compensados financeiramente”, avalia o representante comercial da empresa, Joelmir Vasconcelos.

Bio Forte, Fertilizantes Orgânicos, do município de Capitão Poço, nordeste paraense, oferece insumos direcionados para a agricultura familiar e para uso doméstico. Produtos sem utilização de agrotóxicos. “Encontrar novos parceiros e demonstrar os produtos para o mercado consumidor. O nosso processo de decomposição de matéria orgânica é inovador. Conseguimos acelerar um processo de 120 dias, para 15 ou até cinco dias, com utilização de biorreator”, esclarece Charles Brito, presente no estande.

Cosméticos e produtos de higiene natural pessoal – agroecológico – é a especialidade da Tahnity Ecocosméticos, do município de Ananindeua, da Região Metropolitana de Belém. “A proposta é produzir com insumos da Amazônia, na Amazônia e fora da região, com ideia de tornar os produtos acessíveis ao público, com embalagens de fibras vegetais, com logística reversa (recebimento da embalagem de volta). Zero plástico”, propõe a engenheira agrônoma, líder do empreendimento, Tahnity Haarad.