‘Praia Limpa, Praia Linda’ coleta duas toneladas de resíduos recicláveis em Mosqueiro e Salinas

19/11/2021 15h34 | Atualizado em 19/11/2021 15h37 Por ASCOM

‘Praia Limpa, Praia Linda’ coleta duas toneladas de resíduos recicláveis em Mosqueiro e Salinas

A ação “Praia Limpa, Praia Linda”, promovida pelo Governo do Pará, já arrecadou mais de duas toneladas e meia de resíduos recicláveis em Mosqueiro e em Salinópolis. A campanha foi realizada de forma integrada por Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). A programação teve o apoio de voluntários, de cooperativas de reciclagem dos municípios e do Instituto Alachaster. Além disso, a campanha conseguiu intensa mobilização de público em atividades de educação ambiental.

Em Mosqueiro, a campanha arrecadou 100,3 quilos de latinhas de alumínio, 196,6 quilos de garrafas pet e 634,7 quilos de vidro. Em Salinópolis, foram arrecadados 57 quilos de latas, 279,1kg de garrafas pet e 1.505,7 quilos de vidro.

Marcelo Freire, empreendedor que trabalha com reciclagem em Salinas, comemora o apoio ao esforço de retirar o vidro das praias. “Os eventos estão melhorando a cada edição. Os turistas estão se envolvendo mais, as pessoas estão se conscientizando. A campanha está funcionando porque está educando as pessoas na questão do meio ambiente, em relação à coleta seletiva, da separação do seu lixo”.

“A gente está na pegada de fazer este vidro sumir da praia. É uma ajuda muito grande para gente, a cooperativa e as associações estão recolhendo estes resíduos e colocando-os no lugar certo. Espero que a gente possa concluir o projeto de moer este vidro, comercializar e gerar insumos para a argamassa ecológica. Eu estou mais perto de realizar um sonho, que é tirar essas garrafas da praia”, afirmou Marcelo Freire.

Para Arnaldo Nunes, representante da Rede Criativa de Artesãos (Reciart), a ação valoriza o artesanato local. “Os sete artesãos do nosso grupo trabalham sempre com todo o cuidado para gerar o mínimo de resíduo possível. Além do reaproveitamento de resíduos que iriam para o lixo, temos também cuidado com a coleta de materiais da natureza. Essas ações do governo geram extrema valorização do artesanato como identidade cultural e de cuidado com o meio ambiente. É uma forma de reconhecer o artesão como agente transformador do meio em que vive.”

“A ação foi considerada de grande êxito para a conservação do meio ambiente. Entendo que a sensibilização é um processo que gera multiplicadores. Portanto, a cada voluntário que a ação recebe, a cada pessoa sensibilizada sobre a importância da preservação, geramos multiplicadores da nossa ideia. O objetivo foi justamente esse, de sensibilizar visitantes, banhistas e proprietários de barracas e restaurantes quanto ao descarte correto do resíduos”, avalia a coordenadora de sustentabilidade da Semas, Brenda Hachem.

Brenda afirma que a campanha também visa ao desenvolvimento sustentável. “Nossa ação proporciona o incentivo à economia circular e ao desenvolvimento sustentável. Por isso, desenvolvemos a Feira do Artesanato sustentável e entregamos o resíduo coletado à cooperativa local. O símbolo de nossa ação é um coletor em formato de peixe que durante o evento recebe copos, garrafas e materiais pet, gerando um impacto visual.

Coordenadora de Educação Ambiental da Semas, Andreia Monteiro destaca o interesse do público na ação. “Nas praias, em Mosqueiro e em Salinas, fizemos a blitz ambiental, distribuímos o lixo-car, as lixeiras feitas com material reciclável, e conversamos com os frequentadores sobre a importância de realizar o descarte de maneira correta, nós tivemos realmente um público que participou. Além disso, também  tivemos um número considerável de crianças e pais participando de atividades como a pintura dos animais da nossa região e o jogo de tabuleiro. Nós explicamos a importância da preservação das espécies e de pequenas ações, como escovar os dentes com a torneira fechada. Falamos também que é muito importante não descartar esses resíduos em nossos mares, rios e oceanos, devido à problemática ambiental.”

Veja Também