16/11/2021 21h07 | Atualizado em 17/11/2021 10h01 Por ASCOM
A 3ª Reunião do Comitê Executivo do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptações Climáticas (FPMAC) ocorreu nesta terça-feira (16), para a validação da composição da Câmara Técnica de Gênero e Equidade e a indicação do Membro Observador do Comitê. Inicialmente, foi aprovada a ata da segunda reunião extraordinária do Comitê e a validação das novas indicações para representantes das instituições membros.
Na eleição do coordenador do Comitê Executivo, após votação dos membros presentes, a Fepipa foi eleita. Na indicação do membro Observador, o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) foi indicado de forma unânime para representar o Fórum Paraense de Mudanças Climáticas, no Comitê Gestor do Fundo da Amazônia Oriental (FAO).
O encontro teve a presença das secretarias de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), e da Aquicultura e Pesca (Sedap), do Museu Paraense Emílio Goeldi, Federação dos Trabalhadores Agricultores Familiares (Fetagri), The Nature Conservancy (TNC), Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa), Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará (Malungu), Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e Federação das Indústrias do Pará (Fiepa).
O comitê será coordenado por Ronaldo Nunes Ramos, representante da Fepipa. A presidente da federação, Puyr Tembé, reconhece que o Estado está abrindo espaço, dialogando com os povos indígenas, pensando e construindo juntos. “Os povos indígenas querem estar dentro do processo, queremos fazer parte da construção do nosso futuro. Queremos estar próximos, queremos dizer o que pensamos e como pensamos, como queremos as políticas voltadas à questão ambiental. Fazer a defesa da floresta, já fazemos há milhares de anos. Agora, precisamos pensar em construir políticas que fortaleçam, cada vez mais as políticas ambientais em nosso estado, que preservem vidas. Porque para nós, essa vida faz muito mais sentido se tivermos nossos territórios, nossas terras indígenas demarcadas. A participação dos indígenas dentro do Fórum é mais um passo aberto ao diálogo com os povos indígenas. Queremos ser protagonistas da nossa própria história”, concluiu a liderança indígena.
Além disso, foram sugeridas que nas próximas agendas sejam debatidos os andamentos da COP26, o que foi apresentado e quais os resultados do governo do Estado na Conferência da ONU, em Glasgow, na Escócia, encerrada recentemente.
O secretário adjunto de Recursos Hídricos, Clima e Bioeconomia, Raul Protázio, considera importante que que uma instituição representante dos povos e comunidades tradicionais na coordenação executiva do FPMAC. “É mais significativo termos uma instituição com essa representatividade como coordenadora do Fórum. Isso garante uma maior autonomia do comitê executivo e um acompanhamento mais transparente por parte da sociedade das ações do Plano Estadual Amazônia Agora”, destaca o adjunto.