27/10/2021 15h48 | Atualizado em 28/10/2021 15h33 Por ASCOM
A I Reunião da Câmara Técnica de Equidade, Igualdade de Gênero e Mudanças Climáticas do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climáticas (FPMAC), presidida pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), ocorreu nesta quarta-feira (27), no auditório da Sudam, em Belém. O objetivo do encontro foi empossar os membros da primeira Câmara Técnica instalada do FPMAC e também eleger os integrantes da coordenação e da relatoria.
O resultado da eleição definiu a professora Denise Cardoso, da Universidade Federal do Pará (UFPA), como coordenadora, juntamente com a representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Pará (Fetagri), Camila de Oliveira, que apresentaram uma candidatura coletiva. A eleita para relatora da Câmara foi Anna Izabel Santos, da Defensoria Pública do Pará. Os nomes serão encaminhados ao Pleno do FPMAC para homologação da votação.
A assistente social do Núcleo de Governança das Águas e do Clima (Nugac) do Pará, da Semas, Waldilena Assunção, orientou como a competência da Câmara Técnica pode atuar com foco nas mudanças climáticas e nos impactos negativos nas mulheres pobres das periferias urbanas, indígenas, nos sistemas prisionais e em outros segmentos femininos.
Uma das coordenadoras eleitas, no mandato coletivo, professora Denise Cardoso, avalia que as questões climáticas e socioambientais impactam as mulheres, principalmente as empobrecidas, responsáveis pela reprodução social e também pela conservação ambiental, nas áreas rural e urbana. “Tomar conta dos filhos e do grupo doméstico, da agricultura familiar, pesca e extrativismo estão entre as multitarefas ligadas à sustentabilidade, que impactam muito as mulheres”.
A Câmara reúne representantes do poder público, entre eles, além da Semas, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto de desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Secretaria nde desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e outros; instituição de pesquisa ou sociedade científica, como a Universidade Federal do Pará (UFPA); e integrantes da sociedade civil organizada representada pela Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa), Federação das Indústrias (Fiepa), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) The Nature Conservancy (TNC), Instituto AME Tucunduba, associações de remanescentes de quilombos e outras ONGs.
O FPMAC abriga integrantes governamentais e não governamentais para apresentarem preocupações com o dia a dia das regiões em que vivem, como exploração florestal, hidrelétricas, mineração e outras atividades de impactos ambientais e socioeconômicos. A intenção é aumentar a representatividade das comunidades tradicionais para inserção nas discussões voltadas às mudanças climáticas.