21/10/2021 09h47 Por ASCOM
Secretário Mauro O’de Almeida destacou a representatividade de vários segmentos no evento internacional. Foto: Alex Ribeiro / Ag.Pará
O governador Helder Barbalho declarou, na abertura do Fórum, em 18 de outubro, que a estratégia estadual de bioeconomia visa apoiar soluções baseadas na natureza, bem como agregar valor macroeconômico por meio de pesquisa, desenvolvimento e inovação, para gerar e/ou aprimorar produtos e processos sociais e organizacionais. “O presente desafio é definir como e o que fazer com os ativos florestais, quando uma intensa mobilização de capital pode criar novas dinâmicas e expandir negócios sustentáveis com maior valor agregado de produtos e serviços”, ressaltou o chefe do Executivo paraense.
As discussões promovidas em Belém destacaram estratégias para enfrentar os desafios atuais a partir da expansão do conhecimento e dos avanços da pesquisa científica. O investimento em pesquisa e desenvolvimento, tanto público quanto privado, é indispensável para potencializar a sustentabilidade, harmonizar as ações humanas e as necessidades da natureza.
Conhecendo a Amazônia – Na avaliação do secretário de Estado de Turismo, André Dias, o Fórum Mundial de Bioeconomia trouxe uma grande visibilidade para o turismo do Estado. “Um evento acontecendo em Belém, para falar de biodiversidade, bioeconomia e manutenção das nossas florestas em pé. Tenho certeza que teve grande visibilidade mundial. Todos que participaram sabem que Belém está na Amazônia, e apresentamos a região através de vídeos, por meio de informações, para que tenham mais vontade de conhecer a Amazônia, a partir do Pará, de Belém. A nossa capital é a mais próxima da Europa. Temos que motivar muito as pessoas para conhecerem o Estado”, ressaltou.
Gestores de órgãos estaduais e organizadores do Fórum Mundial de Bioeconomia durante a solenidade de encerramento do evento. Foto: Alex Ribeiro / Ag.Pará
O Fórum Mundial, nos três dias de relatos dos palestrantes, expôs a necessidade de mudar padrões de produção e consumo, aumentar a solidariedade e a cooperação internacional, para implementação de medidas consistentes de mitigação e adaptação às consequências das mudanças climáticas. Também foram debatidos incentivos financeiros, além de cooperação tecnológica aprimorada envolvendo governos, investidores, conservacionistas, povos indígenas, comunidades locais, acadêmicos e demais interessados nas questões socioambientais e culturais.
Resultado positivo – O secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, destacou a presença de ONGs, sociedade civil, indígenas, quilombolas, comunidades tracionais, ribeirinhos e outros segmentos envolvidos nos debates apresentados no Fórum. “Conceito e estratégia de bioeconomia que aprovamos, vai ter prosseguimento nos próximos seis meses na elaboração do Plano Estadual de Bioeconomia. Evento com resultado altamente positivo. O passo seguinte é manter o diálogo, apresentar o que fizemos. O resumo dos debates ocorridos no Fórum será levado para a COP 26. Vamos apresentar o Pará como pronto para receber investimentos, para interconectar pessoas e instituições, fazer parcerias público-privadas e implementar políticas públicas voltadas à política social e ao clima”, disse o titular da Semas.
A bioeconomia é mais do que um setor econômico; sintetiza um conjunto de valores normativos éticos sobre a relação entre sociedade e natureza, e suas consequências. Deve respeitar as diferentes circunstâncias sociais e econômicas dos países e regiões, e está intimamente associada aos esforços de combate às mudanças climáticas, que já são uma força motriz por trás do futuro da economia mundial. O desenvolvimento da bioeconomia e o valor intrínseco a ela vão além de suas dimensões monetárias, tecnológicas ou estatísticas.