Semas celebra o Dia Internacional dos Povos Indígenas com Agenda Socioambiental Climática

10/08/2021 00h47 | Atualizado em 10/08/2021 00h47 Por ASCOM

Semas celebra o Dia Internacional dos Povos Indígenas com Agenda Socioambiental Climática

Nesta segunda-feira (9) A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) celebra o Dia Internacional dos Povos Indígenas, por meio da Agenda Socioambiental Climática criada pela Diretoria de Gestão Socioeconômica (Dgsocio), que tem como função ser o instrumento de gestão institucional para que seja possível realizar diálogos de alinhamentos de políticas públicas, tendo como objetivo o planejamento e realização de ações, com cronogramas voltados à participação social com os compromissos da Agenda junto à sociedade civil representativa de Quilombolas, Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais.

A Agenda Socioambiental Climática ainda está em fase inicial, sendo estruturada em diálogo entre o Estado e os povos indígenas aonde estão sendo inseridos vários eixos temáticos. “Dentre os diversos pilares que estão sendo colocados, eu posso citar a governança territorial, para que a gente posso atuar em áreas de forma prioritárias, onde será possível estabelecer vigilância e o monitoramento socioeconômico de regiões mais vulneráveis no estado do Pará, como por exemplo, a Terra Indígena Alto Rio Guamá que sofre um forte impacto da exploração de madeira ilegal. Então, poder contar com esses diálogos e ter apoio do Estado no monitoramento das florestas, é fundamental e sem dúvida nenhuma isso vai desenvolver diversos projetos que envolvam a redução do desmatamento”, disse Haydee Marinho, Diretora de Gestão Socioeconômica da Semas.

Seguindo os compromissos da Agenda, nesta segunda-feira (9) a Semas participou do I Encontro Tenetehara, na aldeia São Pedro, na Terra Indígena Alto Rio Guamá. Melhorias habitacionais, educação, saúde e preservação da cultura foram os principais temas debatidos pelo governador Helder Barbalho. Ele ouviu as lideranças e destacou o apoio que o governo destina aos povos tradicionais. “Para ser governador de um Estado como o Pará é necessária a capacidade de ouvir, a capacidade de construir o diálogo. O nosso Estado, certamente, é um mosaico da amazônia. Nós somos diferentes dos outros estados. O Pará tem aqui, a maior comunidade indígena do Brasil e uma das maiores quilombolas do nosso país. A capacidade de dialogar com todos os atores é um desafio. Realizar o diálogo com os indígenas é um trabalho que faço com muito orgulho. É possível conciliar os interesses, a preservação da memória indígena e a ação de políticas públicas  para o desenvolvimento. Nós podemos preservar as nossas diferenças e consolidar todos no mesmo habitat e a sociedade. Tenho buscado fazer que esse seja um Estado de Paz e de união, não de conflitos”, destacou, Helder Barbalho.

Pela primeira vez em 407 anos o povo Tenetehar do Maranhão, conhecido como Guajajara e o povo Tenetehrar do Pará, conhecido como Tembé, se juntam para pensar estratégias de proteção aos seus territórios. A Federação Estadual dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa) anunciou a entrada da Semas no Conselho do Mosaico de Gurupi, formado pelos territórios indígenas, da etnia Guajajara e pelos Tembés. “ Nós sabemos que o Estado Brasileiro impôs uma divisão entre os povos indígenas, principalmente aos Tenetehara, mas a verdade é que nossas ancestralidades nos fazem estar conectados. Nós nunca nos separamos espiritualmente. Por isso, esse encontro é fundamental, para que possamos estabelecer estratégias de luta e mostrar que precisamos estar unidos e fortalecidos. Além disso, a participação da Semas é fundamental no quesito de criar e trazer os instrumentos de gestão de politicas públicas”, destacou a presidente da Fipepa e Gerente Indígena da Sejudh, Puyr Tembé.

O Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará , Mauro O’ de Almeida destacou a importância da participação da Semas no Encontro. “Essa iniciativa é fundamental, pois é por meio dessas ações que conseguimos integrar a vigilância junto aos povos indígenas. Além disso, trabalhamos para que possamos trabalhar nas diretrizes e os princípios de todas a politicas públicas, principalmente as climáticas”, concluiu.

 

Com informações da Secom.

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