02/08/2021 11h22 | Atualizado em 02/08/2021 11h22 Por ASCOM
Um corredor ecológico como via de fortalecimento do ecoturismo no Pará, defesa da sociobiodiversidade, geração de renda à comunidades e promoção do lazer e recreação no estado. Essa é a proposta do Projeto Trilha Amazônia Atlântica, que inclui um percurso de trilhas planejadas a partir da Região Metropolitana de Belém até o município de Viseu, no nordeste paraense: 412 quilômetros, onde agrega cerca de 51 comunidades, em 14 municípios paraenses. A iniciativa recebe apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará, Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e de prefeituras municipais integrantes do trajeto ecoturístico.
O percurso abrange os municípios de Benevides, Santa Izabel do Pará, Castanhal, Inhangapi, São Francisco do Pará, Igarapé-Açu, Santa Maria do Pará, Nova Timboteua, Peixe-Boi, Capanema, Tracuateua, Bragança, Augusto Corrêa e Viseu, que são o cenário das trilhas em floresta de terra firme, em campos naturais e no litoral atlântico da Amazônia paraense.
O coordenador da Trilha Amazônica e diretor de Trilhas Nacionais da Rede Brasileira de Trilha, Júlio Meyer, juntou-se com alguns amigos para dar início ao projeto ainda em 2020. “Trilhas são oportunidades para o desenvolvimento territorial, educação ambiental e geração de renda a partir do ecoturismo, conectando patrimônios culturais e naturais em todo Brasil e especialmente aqui, no Pará. A parceria da Semas é fundamental para que esse processo dê certo. A receita é a parceria entre a sociedade civil, administração pública e empresas locais, para que a Trilha Amazônia Atlântica surja como um grande ambiente de cooperação”.
Através da trilha, o público pode conhecer vilas, igarapés, rios importantes da região e a maior faixa contínua de manguezal do continente. Os visitantes também podem observar guarás, a pesca artesanal, a catação de caranguejos e diversas outras possibilidades da experiência amazônica.
Wendell Andrade, diretor de Planejamento Estratégico e Projetos Especiais, da Semas, entende que a Trilha Amazônia Atlântica é uma atividade que a secretaria incentiva na política de gestão ambiental. “A Semas propõe agregar uma agenda de qualidade ambiental urbana, que diz respeito ao estímulo a essas iniciativas, cumprindo a missão de estimular instituições e demais órgãos do Estado, para que possam ampliar este tipo de atividade. A Semas também é um indutor de desenvolvimento do ecoturismo, a partir da sensibilização das secretarias municipais de meio ambiente”, explicou.