14/07/2021 15h37 | Atualizado em 15/07/2021 09h18 Por ASCOM
A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) está monitorando ações de educação ambiental desenvolvidas no Projeto Remada Verde, do Instituto Manguezal, com comunidades praianas, turistas, comerciantes e transeuntes em praias banhadas pelo Oceano Atlântico, no município de Salinópolis, neste mês de julho. Dentro da programação, ocorreu nesta quarta-feira (14) o Webinário Cultura Oceânica, Mudanças Climáticas e Políticas Públicas, promovido pela Semas.
Na ação estão participando também técnicos da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), Secretaria de Meio Ambiente do Município, Secretaria Municipal de Urbanismo e integrantes da Cooperativa de Reciclagem Coopresal.
As atividades de educação ambiental em Salinópolis ocorreram no último final de semana na praia do Atalaia e no próximo sábado (17) e domingo (18) as ações vão acontecer na praia Farol Velho, com trocas de resíduos sólidos recicláveis por aulas de stand up paddle e orientações aos veranistas, vendedores e moradores para a coleta seletiva, com descarte adequado de produtos poluentes, como metais, vidros, papel, borracha e o plástico.
Online – O Webinário conduzido pela equipe de educação ambiental da Semas promoveu a reflexão sobre a necessidade de proteção do oceano como grandes áreas de lazer, benefícios econômicos da pesca, na importância da vida marinha, impactos ambientais causados pelos resíduos sólidos e outros poluentes, perda da biodiversidade, pesca predatória, entre outras abordagens. A importância das políticas públicas estaduais de gerenciamento costeiro e de mudanças climáticas, também estiveram em foco no debate virtual.
Brenda Lopes, do Projeto Remada Verde, disse que a intenção do trabalho nas praias de Salinópolis é formar agentes multiplicadores na parceria com o setor público, em temas como coleta seletiva, resíduos sólidos, preservação de ecossistemas e conservação da água. “A estratégia é a mobilização social com atividades de educação ambiental a todos nas praias, comunidades e turistas”, afirma.
O técnico da Semas, Alberto Teixeira, falou que é indispensável que as políticas públicas recebam o compromisso de todos os segmentos da sociedade e que os 17 Objetivos do Desenvolvimento estão todos interligados, com destaque ao objetivo 14, relacionado à vida na água. “É importante que as políticas cheguem aos municípios, com sensibilização e consciência da população da zona costeira do estado, na municipalização e descentralização da gestão ambiental”, resume o técnico da Semas.
A técnica da Semas, Mary Anne Gama, destacou os danos causados pelo microplástico presente nos oceanos, ingeridos por animais aquáticos e aves que vivem e alimentam-se nesse ecossistema, causando a morte deles. “Esse material e outros poluentes descartados pelo homem vão refletir nos próprios humanos que vão se alimentar dessa fauna aquática”, alerta a técnica.
A diretora da Semas, Patrícia Menezes, mediou o webinário e disse que o descarte adequado, a coleta seletiva dos resíduos é muito importante para reduzir a poluição. “Mas, é mais importante reduzir o consumo do plástico, por exemplo, utilizando canudinho de papel ou de massa de macarrão, porque ainda temos um percentual muito baixo de reciclagem”, lamenta a diretora.
Oceano – O governo do Pará completou um ano da instituição da Política Estadual de Gerenciamento Costeiro, dia 25 de maio, alinhado com a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), para ocorrer de 2021 até 2030. No Brasil, o lançamento da Década do Oceano foi no dia 20 de abril deste ano, com a finalidade de destacar a urgência da proteção do maior bioma do planeta e conscientizar os setores público, privado e sociedade civil organizada, para atitudes que incentivem a sustentabilidade dos mares. A Política Estadual de Mudanças Climáticas também foi instituída em 2020 e completou o primeiro ano em 29 de abril passado.