Semas debate sobre impactos das mudanças climáticas na biodiversidade da Amazônia

11/06/2021 09h41 | Atualizado em 11/06/2021 09h41 Por ASCOM

Semas debate sobre impactos das mudanças climáticas na biodiversidade da Amazônia

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) realizou na tarde desta quinta-feira (10) a live Mudanças Climáticas: Impactos sobre a biodiversidade na Amazônia, que faz parte da programação alusiva à Semana do Meio Ambiente promovida pela Secretaria. O objetivo foi mostrar a importância de abordar as mudanças climáticas e seus impactos nos âmbitos regional e global, além da redução da emissão de gases de efeito estufa.

O painel foi composto pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Peter Toledo, e Luciano dos Anjos, professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). “Cerca de 80% das emissões de gases estaduais têm origem no desmatamento e nas mudanças do uso da terra. Então, é importante trazer esse tema, pois as mudanças climáticas são uma via de mão dupla. A gente contribui com as emissões desses gases, e sofremos com os efeitos das mudanças climáticas, em especial sobre as populações humanas. Por isso, esses diálogos são fundamentais”, frisou Andréa Coelho, assessora de gabinete da Semas e mediadora do encontro virtual.

Integração – Trazer a biodiversidade ao tema das mudanças climáticas mostra o papel da ciência no acompanhamento e entendimento desses fenômenos, além de discutir o futuro e a sobrevivência da humanidade. “Devemos integrar as várias áreas do conhecimento, visando à proteção ambiental. Não é uma solução simples, mas é uma questão de valores. Além da ciência propriamente dita devemos discutir a ética. É uma oportunidade que a gente tem de não enxergar uma questão de forma isolada. Outro ponto a ser tratado é justamente a extinção de espécies, que também está diretamente ligada às mudanças climáticas”, afirmou Peter Toledo.

Segundo dados do programa de monitoramento do clima mantido pela União Europeia, 2020 foi o segundo ano mais quente já registrado na história, ficando atrás apenas de 2016. “Falando em mudanças climáticas na Amazônia, estamos lidando com eventos que não podem ser negados. Temos dados, testes e estatísticas que mostram essa tendência no aumento da temperatura global. Estamos entrando na teoria das transições críticas, e a tendência é esse aumento. Por isso, é fundamental que a gente adote mudanças ambientais que foquem em evitar as projeções climáticas futuras, senão teremos uma perda de resiliência nos biomas, o que resultará em danos e no aparecimento cada vez maior de eventos catastróficos, além da extinção de espécies. O que temos observado nesses últimos anos é a necessidade de um diálogo com a ciência, para um entendimento de que as informações são produzidas com rigor científico, e soluções são possíveis com base em todas as análises científicas”, reiterou Luciano dos Anjos.

A programação da Semana do Meio Ambiente é transmitida pelo YouTube do Governo do Pará.

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