Semas debate importância da bioeconomia para o desenvolvimento da Amazônia

10/06/2021 08h59 | Atualizado em 10/06/2021 08h59 Por ASCOM

Semas debate importância da bioeconomia para o desenvolvimento da Amazônia

A programação da Semana do Meio Ambiente teve continuidade nesta quarta-feira (09), com uma live sobre bioeconomia, visando ao fortalecimento dos bionegócios na economia renovável da floresta. O secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, destacou que a bioeconomia é a vocação do Pará. Óleos como andiroba e copaíba, usados no tratamento de doenças há muito tempo, uso de sementes na alimentação, folhas, caules, ouriços, açaí e cacau, e a piscicultura sempre fizeram parte da vida dos paraenses.

Segundo o secretário, “o desafio é criar logística de mercado para que essas atividades se estabeleçam. Precisamos que esses elementos sejam importantes para essa cadeia econômica, com uma estrutura sólida interna e externa. Precisamos trabalhar muito o nosso conhecimento tradicional associado, o nosso patrimônio genético, estruturar nossas estratégias para a bioeconomia. Esta é a oportunidade para termos investimentos em ciência, tecnologia e também em infraestrutura”.

Mudança de paradigma – Raul Protázio, secretário adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), afirmou que está mudando o paradigma regional de desenvolvimento, dando início a uma “revolução verde”. Ele frisou que o interesse é coordenar os setores público, privado, terceiro setor e mercado financeiro, mediar papéis convergentes e, às vezes, antagônicos.

“A Semas está iniciando o movimento de construção de estratégia estadual na bioeconomia, para congregar os setores público, privado, terceiro setor e comunidades tradicionais. Iniciamos no governo do Estado, por meio de diversas instituições, um movimento de diálogo, para tentar chegar a um consenso de bioeconomia, pesquisa, desenvolvimento e inovação. Acelerar as  cadeias produtivas e negócios sustentáveis que a gente já tem, como açaí, cacau e outros. Temos um mercado de R$ 120 bilhões, de 44 produtos compatíveis com a floresta, e o Pará exporta todos os 44 , mas participa com R$ 250 milhões, menos de 1%. É uma participação muito pequena”, ressaltou Raul Protázio.

A gerente adjunta de Estratégia de Povos e Comunidades Locais da The Nature Conservancy (TNC), Juliana Simões, disse que biodiversidade e floresta têm que ser o tema central de bioeconomia, estabelecendo um Plano Estadual de Bioeconomia muito próximo à iniciativa privada. “Desde o início temos que estar junto com a economia privada. Tem que ter a técnica de manejo, diversificação de culturas, agropecuária de inovação, para que reduzamos os impactos. Temos que preparar a sociedade para a biodemanda”, enfatizou a gerente.

Evento mundial – O Fórum Mundial de Bioeconomia (FMB) ocorrerá em Belém, entre os dias 18 e 20 de outubro deste ano, pela primeira vez fora da cidade de origem, Ruka, na Finlândia. Porta de entrada para a Amazônia, com um ecossistema único e fundamental para o meio ambiente do planeta, a capital paraense reunirá palestrantes e especialistas de vários países em torno do desenvolvimento sustentável e das potencialidades regionais, sendo palco do debate que é referência mundial.

O evento foi mediado pela diretora de Bioeconomia, Meteorologia Hidrologia e Mudanças Climáticas da Semas, Camille Bermeguy.

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