01/07/2020 14h59 Por ASCOM
O boletim climático divulgado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) nesta quarta-feira (1º), aponta que o mês de julho será marcado pela intensificação do tempo abafado na porção norte e seco na porção sul do estado. O prognóstico climático foi elaborado pela Semas em parceria com pesquisadores do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), integrante da Rede de Previsão Climática e Hidrometeorológica do Pará (RPCH), coordenada pelo órgão ambiental estadual.
De acordo com o meteorologia da Semas Franck Baima “historicamente, o mês de julho é marcado por baixo índices de chuva por alta nas temperaturas do ar em boa parte do Pará”.
A previsão indica sobre a faixa norte do Estado, valores máximos de chuva entre 100 a 200 milímetros que geralmente são distribuídos em forma de pancadas de chuva, entre o período da tarde e início da noite. A intensidade das chuvas é favorecidas pelas condições termodinâmicas, sistema de brisa, linhas de instabilidade e distúrbios atmosféricos de leste.
Já a porção sul do estado, apresenta período seco fortemente estabelecido, com totais pluviométricos previstos de até 25 mm, em função do predomínio da massa de ar seco que se estabelece sobre a região central do Brasil.
Temperaturas elevadas – As temperaturas deverão ser elevadas, com máximas ultrapassando a média em até 2°C, principalmente na região sul do Pará, onde as temperaturas máximas devem atingir valores em torno de 35ºC até 38ºC, já que a presença da massa de ar seco dificulta a formação de nuvens, ocasionando grande amplitude térmica e baixos índices de umidade relativa do ar.
Para os meteorologistas, o desconforto térmico sentido nos últimos dias na Grande Belém é normal. “Estávamos acostumados com dias típicos do período chuvoso, caracterizado por tempo encoberto, chuvas com grandes volumes de água e temperaturas amenas. Agora, com a redução da nebulosidade durante a manhã e tarde e presença de elevados valores de umidade atmosférica, resulta em tempo quente e abafado”, explica Saulo Carvalho, coordenador do Núcleo de Hidrometeorologia.