22/04/2020 10h37 | Atualizado em 22/04/2020 10h37 Por ASCOM
A Policlínica Metropolitana, após a determinação do governo do Estado, atendeu nesta terça-feira (21), em Belém, 380 pessoas, no primeiro dia de mudança de perfil para apoiar pacientes com sintomas respiratórios agudos. Oito transferências foram realizadas para o Hospital de Campanha montado no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia.
Nas redes sociais, o governador Helder Barbalho – que tomou a decisão de incluir a Policlínica no suporte aos pacientes de Covid-19 -, mostrou sua preocupação com o cenário do sistema de saúde na Região Metropolitana de Belém. “Nós estamos vivendo um momento muito difícil no combate ao Coronavírus. O sistema de saúde, tanto público quanto privado, está extremamente pressionado. O governo do Estado não tem medido esforços, tem feito todas as ações, ora com o Hospital de Campanha, que mudamos o perfil para equipá-lo com mais de 400 leitos de UTI. Os equipamentos comprados há mais de um mês estão prestes a chegar. E também ampliando a estrutura do Abelardo Santos, da Santa Casa, dos demais hospitais de referência; contratando ambulância e mudando o perfil de estruturas como a Policlínica. Estamos fazendo todos os esforços, mas é importante que as prefeituras também façam o seu papel. Não é possível, a esta hora, fechar UPA, fechar pronto-socorro sem o devido atendimento. Cada um tem de fazer o seu papel e colaborar para que a gente consiga vencer o Coronavírus e salvar a vida da população que está sofrendo”, afirmou Helder Barbalho.
Limitações – O governador voltou a reiterar que a Policlínica não pode ser vista como um pronto-socorro. “A Policlínica, eu oriento a população, não é um pronto-socorro. Então, é fundamental que as pessoas possam ter a compreensão de que aquela estrutura tem limitações de atendimento”, explicou o chefe do Executivo.
Ele reforçou ainda o apelo à população sobre os cuidados necessários para evitar o aumento do número de contaminados. “Contribua como pode. Fique em casa para que você não esteja exposto ao contágio. Prefeituras, façam todo o esforço para que as UPAs e hospitais funcionem, para que as unidades básicas cumpram o papel da orientação para a população”, reiterou o governador, garantindo que “nós vamos continuar trabalhando incansavelmente, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para que possamos proteger a população deste Estado. Faça você também a sua parte. Vamos juntos proteger o Pará e vencer o Coronavírus”.
O perfil da Policlínica Metropolitana, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), não é de pronto-socorro de porta aberta (para atendimento imediato), pois não está equipada para essa finalidade. É uma estrutura inaugurada pelo governo do Estado para consultas e exames em várias especialidades, mas que diante da necessidade atual foi remanejada para apoiar a porta de entrada dos casos de Covid-19 na capital.
A orientação da Sespa é que pacientes com insuficiência respiratória – falta de ar – devem procurar unidades de urgência, como UPAs e prontos-socorros. Sintomas leves de gripe não são indicativos para idas a hospital. O recomendado é ficar em casa, descansar e se hidratar. A Sespa recomenda o uso consciente do sistema de saúde.
Texto: Dayane Baía (SECOM)
Imagem: Bruno Cecim/ Ag.Pará