“O Sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente”

Trecho de Juízo Final – Nelson Cavaquinho

A palavra “Páscoa” provém do termo hebraico “Pesach”, que significa “passagem” e simbolizava, antes dos tempos
cristãos, a transição do inverno para a primavera. A partir da era cristã, a Páscoa se
transforma no símbolo da chamada Nova Aliança de Deus para com o povo. Uma aliança
que sai dos doutores da lei e vai para o povo, uma aliança que busca o perdão, a justiça e
a paz.

Neste momento inusitado e grave da história mundial, a Páscoa nos convida, mais uma
vez, a fazermos a passagem de um mundo individualista para um mundo coletivo,
solidário, cooperativo e acolhedor. Um mundo que se preocupe com as pessoas, mas
também com a natureza. Não é demais lembrar, que é muito provável, que essa
pandemia tenha advindo do consumo de animais silvestres, abrigados vivos e empilhados uns sobre os outros. Portanto, esta Páscoa nos chama também a refletir sobre o uso dos recursos naturais e, neste sentido, o porquê do desmatamento na Amazônia avançar, egoisticamente, mesmo em face de uma economia mundial em desaceleração.

Páscoa também é mudança. Por isso, conclamo a todos a mudar nossos corações e
mentalidades para dizer que o mundo que até hoje vivemos precisa de uma aliança
baseada nos verdadeiros fundamentos cristãos e ambientais: que precisamos parar de maltratar o planeta, sua fauna e flora e entendermos que pandemias, como a que vivemos, estão interconectadas com a forma que interagimos com o meio ambiente.

Páscoa também é um renovar de fé e, por isso,
aproveito para desejar a todos, servidores da
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará e a população paraense, uma Páscoa de oração, meditação, reflexão e, acima de tudo, fé que sairemos melhor quando tudo passar. E vai passar!

Mauro O’de Almeida
Titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará