02/04/2020 13h34 | Atualizado em 02/04/2020 13h34 Por ASCOM
Um boletim especial divulgado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), nesta quinta-feira (02), aponta que o mês de abril será de chuvas intensas na porção norte e nordeste do Pará e dentro da normalidade nas outras regiões do Estado.
O prognóstico foi feito pela Semas em parceria com pesquisadores do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), integrante da Rede de Previsão Climática e Hidrometeorológica do Pará (RPCH), coordenada pelo órgão ambiental estadual.
Nordeste e Marajó
Nos municípios do nordeste paraense e do Marajó, assim como em março, os volumes de água devem continuar acima da normalidade, com valores mensais pluviométricos de 300 a 450 milímetros.
“Diferente do mês anterior, na porção norte, o tempo quente e abafado deve predominar pela manhã e as chuvas devem se concentrar no período vespertino, em muitas ocasiões em formas de pancadas”, diz o coordenador do departamento de Meteorologia e Hidrologia da Semas, Saulo Carvalho.
Ainda de acordo com coordenador, na capital paraense e em boa parte do nordeste do Estado, as chuvas ainda devem ser influenciadas pela ação direta e indireta da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e outros sistemas meteorológicos coadjuvantes.
Sul e Sudeste
A previsão para os municípios da porção sul e sudeste do Estado é de redução acentuada no volume de água devido a transição da estação chuvosa para o período de seca.
Cheia dos rios
Em Santarém, oeste paraense, a tendência é que o rio Tapajós atinga, ainda na segunda quinzena de abril, a cota de alerta de 7,1 metros. No caso de Marabá, no sudeste do Pará, apesar da diminuição gradativa do nível do rio Tocantins em relação aos últimos dias, a cota de alerta deve chegar aos 10 metros até meados de maio.
Balanço Março
Segundo o balanço, as fortes chuvas registradas em março na região metropolitana de Belém e no nordeste paraense foram causadas pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), interações inter-hemisféricas do hemisfério norte e até mesmo influência da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).
A combinação desses fenômenos atmosféricos resultou em 931 milímetros de chuva na RMB, valor mais alto registrado pela estação meteorológica do Inmet nos últimos 59 anos”, explica Frank Baima, meteorologista da Semas.