06/03/2020 12h58 Por ASCOM
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (Semas) divulgou, nesta sexta-feira (6), boletim que aponta que o mês de março, considerado o período mais chuvoso do chamado “inverno amazônico”, será marcado por fortes chuvas e baixas temperaturas em boa parte do Estado, variando a intensidade por região.
O prognóstico foi feito pela Semas em parceria com pesquisadores do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), integrantes da Rede de Previsão Climática e Hidrometeorológica do Pará (RPCH), coordenada pelo órgão ambiental estadual.
RMB, Marajó e nordeste paraense
Segundo a previsão, os moradores da região metropolitana de Belém, de alguns municípios do arquipélago do Marajó e do nordeste paraense devem preparar os guarda-chuvas. Nessas regiões, os volumes de água devem ficar muito acima da normalidade, ultrapassando os 500 milímetros.
Sudeste e Sudoeste
Ainda de acordo com o balanço, os volumes de chuvas devem ocorrer com maior intensidade na porção norte do sudeste e sudoeste do Pará, onde se concentram, por exemplo, os municípios de Aveiro, Goianésia do Pará, Pacajá e Paragominas. A previsão é que as chuvas volumosas se estendam até maio nessas áreas.
“O período chuvoso de 2020 vem sendo influenciado pelo aquecimento do Oceano Atlântico que, por consequência, favorece a instabilidade atmosférica proveniente da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), responsável pelas fortes chuvas na porção norte do Estado”, destaca o meteorologista Frank Baima, gerente de Monitoramento do Tempo, Clima e Eventos Extremos Hidrometeorológicos da Semas.
Maré
Segundo o boletim, entre os dias 8 e 14 de março, os moradores das áreas baixas da capital paraense devem redobrar a atenção com combinação chuva forte e maré alta, que pode causar risco de alagamento. Nesse período, são esperadas marés de até 3,5 metros. Já entre os dias 11 e 12, o fenômeno deve atingir 3,7 metros.
Cheias dos rios
Em Marabá, no sudeste paraense, a tendência é que o nível do rio Tocantins atinja, na pior das hipóteses, a cota de alerta de 10 metros em abril. Já nas cidades de Santarém, Óbidos e Oriximiná, os prognósticos numéricos apontam para uma condição de cheia sem muita intensidade, alcançando ou ultrapassando por pouco as cotas de alertas, entre o fim de abril e o início de maio.